Desde 2015, o Porto Sudeste mensura as emissões de GEE para controles internos, e para nortear os investimentos em tecnologia e otimização de processos para reduzir as emissões. Foto/ Divulgação (Porto Sudeste)

Após apresentar no primeiro semestre de 2023 um Estudo de Riscos Climáticos conduzido pela Way Carbon e ser pioneiro neste tipo de iniciativa dentro do setor portuário, o Porto Sudeste anuncia suas metas de redução de Gases de Efeito Estufa (GEE). O objetivo é que em 10 anos mais de 50% das emissões deixem de ser emitidas frente ao ano base de 2021. O comunicado da meta se dá em um momento em que o mundo se debruça para encontrar soluções para conter o aquecimento global e se adaptar à nova realidade climática, que traz eventos extremos imprevisíveis.

“Realizar o Estudo de Risco Climático e anunciar nossa meta de redução de emissão de GEE é um avanço para o setor. Nós, do Porto Sudeste, entendemos que a estratégia ESG é o centro do plano de negócios do nosso terminal, que já considera tanto os riscos climáticos como os operacionais”, explica Ulisses Oliveira , diretor de assuntos corporativos e sustentabilidade do Porto Sudeste. O Porto Sudeste vem avançando no mapeamento e inclusão dos escopos 1 e 2 na sua estratégia climática por meio de projetos que incluem a substituição do uso da gasolina por etanol, a utilização de energia certificada, provenientes de fontes limpas, a troca das condensadoras dos aparelhos de ar-condicionado, reduzindo vazamento de gases refrigerantes, a utilização de energia fotovoltaica e o processo de automatização de equipamentos para reduzir o tempo de permanência do maquinário no terminal.
Além disso, o Porto Sudeste é o primeiro a contratar a ferramenta da Rightship, que mensura emissões de GEE do escopo 3, ação inédita entre os Terminais Portuários do País. A somatória desses fatos: anúncio das metas + implementação de novas ações para os escopos 1 e 2 + screening de escopo 3 + monitoramento do escopo 3 + suporte de dados trazidos pelo Relatório de Sustentabilidade, em modelo GRI, demonstram o compromisso da empresa com o meio ambiente, as pessoas e uma governança cada vez mais eficiente e transparente.
“A redução de emissões no escopo 3 é um desafio imenso para a maioria das indústrias e, para nós, não é diferente. Usar a tecnologia da Rightship (Maritime Emission Portal – MEP) para calcular as emissões dos navios que atracam no Porto (escopo 3) nos trata um diferencial, pois nos permitirá gerenciar e identificar oportunidades de redução do impacto ambiental da nossa cadeia de valor”, completa Ulisses.

Desde 2015, o Porto Sudeste mensura as emissões de GEE para controles internos, e para nortear os investimentos em tecnologia e otimização de processos para reduzir as emissões. Em 2023, o Porto Sudeste divulgou, por meio do Registro Público de Emissões, o inventário completo de Gases de Efeito Estufa (GEE), recebendo o Selo Prata do Programa Brasileiro GHG Protocol. Entre as boas práticas já implementadas no terminal estão a utilização de equipamentos 100% elétricos, eliminando a necessidade de utilizar combustíveis fósseis. No acumulado de 2023, a reutilização de 90% da água proveniente da captação da chuva e de tratamento de efluentes em processos industriais e uma porcentagem alta (96%) de reciclagem de todos os resíduos gerados na planta, chegando a um volume total de mais de 26 toneladas de resíduos orgânicos transformados em adubo. Só com a compostagem, a empresa evitou a emissão de mais de 23 toneladas de dióxido de carbono na atmosfera.

Relatório de Sustentabilidade – a migração do RS para o modelo GRI funciona, para o Porto Sudeste como uma ferramenta atrelada à governança, apresentando os dados de 2022 e criando um guia para a estratégia organizacional da empresa. A agenda ESG = Materialidade, Engajamento de Stakeholders e Priorização de ODS são o foco da atuação do Porto.

Alguns números do Porto Sudeste:

O Porto Sudeste fechou o 3º trimestre de 2023 com 6,9 milhões de toneladas de minério de ferro movimentadas, um aumento de 60% em relação ao período homólogo.
O terminal já soma 19 milhões de toneladas movimentadas até o final de setembro, superando o recorde de 2020, quando foi alcançada a marca de 18 milhões.
Em 2022, o Porto Sudeste movimentou 17,4 milhões de toneladas de minério de ferro. Os demais granéis sólidos representaram, aproximadamente, 500 mil toneladas, englobando especialmente a atividade de desembarque. A expectativa para 2023 é superar 20 milhões de toneladas.
Você pode gostar
Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.