No contraturno são realizadas oficinas artísticas, literárias, esportivas, motoras, pedagógicas com reforço de português e matemática, higiene física e mental e de meio ambienteDivulgação / Prefeitura de Japeri

A Prefeitura de Japeri aderiu ao Programa Escola em Tempo Integral, instituído pelo Governo Federal, através do Plano Nacional de Educação (PNE), como projeto piloto nas escolas EMEI Prof. Marco A. Félix Pereira e Escola Municipal Vereador Paulo Félix Saudade. O programa visa fomentar a criação de matrículas em tempo integral em todas as etapas e modalidades da educação básica.

Os alunos passam oito horas por dia na escola, tendo cinco refeições e acesso a oficinas no contraturno, sendo elas artísticas, literárias, esportivas, motoras, pedagógicas com reforço de português e matemática, higiene física e mental e de meio ambiente. Na EMEI Prof. Marco A. Félix Pereira, há oito oficineiros trabalhando com crianças do berçário ao maternal III. Já na Escola Municipal Vereador Paulo Félix Saudade, conta-se com nove oficineiros para as turmas do pré-escolar ao 5º ano.

O Programa Escola em Tempo Integral tem como Coordenadora a Servidora Angélica Aguiar, que faz um acompanhamento diário desse projeto piloto nas duas escolas, e está muito emocionada e entusiasmada com o início desse projeto na rede municipal de Japeri.

“Já me emocionei muito ao saber que essas crianças estarão na escola o dia todo, se alimentando, aprendendo atividades, despertando a curiosidade e o interesse em vários temas”, disse Angélica.

Na Escola Municipal Vereador Paulo Félix Saudade, a Gestora da Unidade, Gisele Rodrigues e a Subgestora Renata Reis avaliam o programa como importante para aumentar a qualidade da educação e frisam que esse momento de adaptação tem sido muito estimulante para as crianças e para o corpo docente da escola.

“Os estudantes estão se acostumando com essa nova rotina de desenvolvimento escolar. Os pais entenderam a importância do horário integral, pois aqui eles sabem que os filhos estão bem cuidados, tendo alimentação de qualidade, aprendendo novas atividades e melhorando a interação social”, pontuou a gestora Gisele.

Para os alunos, as oficinas têm sido de grande valia. Entre elas, a oficina de música tem despertado curiosidade e chamado bastante atenção. A oficineira, Elisa Damião, professora de música, salientou que a oficina musical é de extrema relevância para a formação das crianças, pois desenvolve diversas áreas dos pequenos, desde o metabolismo, com a melhora da coordenação motora, até o aprendizado de matemática através dos tons, melodias e notas.

“Nesta oficina, as crianças desenvolvem uma nova forma de se expressar, aprendendo os elementos fundamentais da música, em quantas partes ela se divide: melodia, harmonia e ritmo; as propriedades do som (altura, duração, intensidade e timbre); as notas musicais, conhecendo instrumentos. Assim, acabam tendo mais concentração para aprender outras disciplinas”, disse a oficineira.
Um exemplo de concentração na aula de música é a aluna do 5º ano, Thalita Vitória, de 10 anos. Ela assistia à aula com os olhos brilhando e completamente vidrada nas explicações da professora, que introduziu o conceito inicial do aprendizado de música.

“Estamos aprendendo várias coisas diferentes que eu nunca conheci. As professoras são muito boas ensinando. Gosto de todas as oficinas, mas a melhor para mim é a de música. Ficar na escola o dia inteiro é melhor do que ficar em casa à toa”, disse a estudante.

Aulas de reforço escolar em Português e Matemática como incentivadoras da aprendizagem

Em uma sala com estantes recheadas de livros, a professora de literatura da Escola Municipal Vereador Paulo Félix Saudade, Márcia Rangel, contava histórias para os alunos do 4º ano, na oficina literária.

“Aqui não só conto histórias. Eu consigo monitorar o nível de leitura dos alunos, buscando aumentar o conhecimento, ajudar na leitura e descobrir suas dificuldades. Por isso é importante esse horário integral, pois aqui eu tenho o tempo necessário para entender a situação de cada um”, frisou a professora.

Layzon Henrique André, de 10 anos, aluno do 4º ano, estava presente na aula de literatura, junto com seus amigos, ouvindo e criando histórias. “Estou gostando muito das aulas. Antes, ia para casa à tarde e ficava entediado sem ter o que fazer. Aqui faço várias coisas e aprendo muito mais rápido”, pontuou o aluno.

Em outro espaço, envolvida com os números e as formas geométricas, Roberta Marinho Rodrigues, oficineira de matemática, relatou a relevância dos alunos aprenderem se divertindo.

“Muitas crianças têm dificuldades com a matemática e acabam se afastando da disciplina. Aqui na oficina, aprendem de forma lúdica, brincando. Assim, aprendem muito mais, porque os alunos são curiosos nas atividades e se esforçam muito”, explicou Roberta.

Atenta às atividades e aos números estava Jenipher Freitas da Silva, de 9 anos, aluna do 4º ano, que disse não gostar muito de matemática, mas tem conseguido aprender mais neste novo modelo de ensino.

“Muita coisa melhorou para mim. Agora estou aprendendo muito mais. Achei essas professoras bem legais. Aqui a gente brinca e aprende. Estou feliz!”, comemorou Jenipher.

Oficinas na EMEI Prof. Marco A. Félix Pereira complementam o horário integral da unidade

Os pequenos de 1 a 3 anos da Creche Prof. Marco A. Félix Pereira, que já usufruíam do ensino em horário integral, agora contam com oficinas que complementam o ensino tradicional. Em cada turma, dois oficineiros passam ensinamentos nas áreas de esporte, literatura, oficina motora, meio ambiente e educação artística.

A gestora da unidade, Débora de Morais Farias Delgado, conta que a escola é um ambiente inclusivo e explica que este primeiro momento das oficinas tem sido de adaptação, servindo para que as crianças se familiarizem com as atividades.

“As oficinas fazem com que os alunos desenvolvam e melhorem a interação, além de aumentar a autonomia. De 8h às 12h, eles têm o ensinamento pedagógico com os professores e de 13h às 16h as oficinas”, disse a gestora.

No Maternal I, Júlia Torres e Everson Bruno realizam oficinas de Educação Artística e Dança, estimulando a curiosidade, identificação e desenvolvimento das crianças.

“Nessa oficina, fazemos atividades sensoriais para estimular a identificação de cores, objetos, formas geométricas, texturas, pintura, introdução às artes, desenho e música. Já com a dança, trabalhamos o equilíbrio, manutenção de força nas pernas, lateralidade e centralidade, desenvolvimento motor e psicomotor”, salientou Everson.

Já no Maternal II, as crianças participam de todas as oficinas, incluindo a de Esporte, onde as oficineiras Ranielle Da Silva e Karine Carvalho montam circuitos e brincadeiras que estimulam a parte sensorial.

“A educação infantil é uma fase primordial, onde as crianças estão aprendendo movimentos novos, numa fase de crescimento muito rápido. Com as atividades psicomotoras, conseguimos fazer com que os alunos cheguem ao desenvolvimento pleno”, explicou Ranielle.