Acusado foi preso por agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF)Divulgação

Rio - O judiciário fluminense aceitou a denúncia do Ministério Público contra Fábio Araújo da Silva, acusado de matar asfixiada a ex-esposa Gabriela Silva Souza, de 27 anos. O feminicídio ocorreu no último dia 2 de janeiro, na residência em que a vítima morava com os dois filhos do casal, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. A decisão foi do juíz Luís Gustavo Vasques, da 1ª Vara Criminal de Belford Roxo.
Segundo a polícia, após o crime, o homem deixou a residência levando alguns bens e as crianças de 2 e 4 anos. No dia seguinte ele se entregou à 38ª DP (Brás de Pina), confessou o feminicídio e foi preso em flagrante. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) estava investigando o caso.
Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), testemunhas informaram que a vítima, aluna de contabilidade na Uerj, descobriu uma traição em novembro do ano passado e pediu a separação. Fábio teria até janeiro para encontrar um novo local para morar e deixar a casa onde vivia com Gabriela e os filhos. Ainda de acordo com parentes próximos, o acusado teria informado que se mudaria até o dia dois de janeiro, data do crime.
O homem está preso preventivamente e vai responder por homicídio triplamente qualificado: emprego de asfixia, recurso que dificultou a defesa da vítima por razões da condição de sexo feminino. 
Na decisão, o magistrado destacou que o fato imputado ao réu constitui crime e que não há possibilidade de extinção de punibilidade. “O réu cometeu o delito de homicídio contra sua companheira mediante constricção de seu pescoço, vindo a vítima a morrer em decorrência de sobredita esganadura. Foram preenchidos todos os requisitos indispensáveis ao regular exercício do direito de ação, com destaque para a chamada justa causa”.