Macaé tem redução de 40% de imóveis positivos para o AedesFoto: Ana Chaffin / Arquivo

Macaé - O governo do Rio de Janeiro anunciou o fim da epidemia de dengue no estado, após adotar diversas estratégias nos últimos meses. Em Macaé, as autoridades municipais têm concentrado esforços significativos em ações de campo e educação em saúde, visando à participação ativa da comunidade no combate à dengue, zika e chikungunya. Essas iniciativas resultaram em uma redução expressiva de cerca de 40% nos imóveis com focos positivos, comparando os meses de fevereiro a maio.
Apesar da queda nos casos, é crucial manter o trabalho contínuo de prevenção, pois os ovos do mosquito Aedes podem sobreviver por mais de um ano em ambientes secos. Luan Campos, gestor da Coordenadoria Especial de Vigilância Ambiental em Saúde (Cevas), enfatiza que o decreto de término da epidemia no estado reflete a diminuição dos casos prováveis de arboviroses, conforme avaliação do Centro de Inteligência da Secretaria de Saúde.
"Nossas atividades de monitoramento e vigilância ambiental, focadas nos vetores transmissores dessas doenças, como os mosquitos do gênero Aedes, devem ser mantidas", afirmou Luan.
Ele destaca a continuidade das visitas domiciliares pelos Agentes de Endemias, a aplicação de fumacê em veículos, mutirões nos bairros e campanhas educativas como fundamentais para conscientizar a população e prevenir novos surtos.
"Vamos continuar com todas essas medidas, independentemente das boas notícias trazidas pelos decretos. A vigilância deve ser constante, pois esta não será a última epidemia que enfrentaremos. Precisamos planejar e agir com base na ciência para enfrentar futuros desafios", ressaltou Luan.
Em Macaé, o trabalho colaborativo entre a gerência de Vigilância em Saúde, Vigilância Epidemiológica, coordenação de laboratórios, instituições de pesquisa e outras secretarias, aliado à participação ativa da população, tem sido fundamental. Mais de 90% dos focos do mosquito estão nos imóveis, destacando a importância da colaboração comunitária.
"A dengue já não é mais uma doença sazonal em nossa cidade, ocorrendo durante todo o ano. Os casos de chikungunya estão aumentando, o que reforça a necessidade de medidas preventivas contínuas para salvar vidas e reduzir o número de pessoas doentes. Este é um compromisso constante para nós", observou.