Diretor-Geral da FAO fica impressionado com agricultura familiar de MagéDivulgação

Magé - Uma das características da agricultura familiar em Magé é a multicultura com tecnologias de produção de alimentos. E o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Qu Dongyu, está em sua terceira visita ao Brasil e esteve nesta terça (23) em dois sítios para conhecer as experiências de cultivo agroecológico do Oscar Ernesto e de Adauri Silva, que são agricultores familiares no coração do distrito agrícola da cidade que fica a 1h da capital do Rio.
Diretor-Geral da FAO fica impressionado com agricultura familiar de Magé - Divulgação
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Para a FAO, a agricultura familiar é a modalidade que contribui diretamente para o combate a fome. E a primeira parada foi no sítio do Adauri, na Cachoeira Grande, que usou o suporte e assistência técnica da Secretaria Municipal de Agricultura Sustentável de Magé e do Escritório Local da Emater-Rio, para se tornar um produtor diversificado de frutas e de pimentões coloridos. Ele adaptou a área de cultivo de pimentões com sistema de irrigação e estufa, protegendo a produção de possíveis insetos e pragas, além de oferecer abrigo do calor intenso e o clima tropical da Região Metropolitana, numa criação confinada em um ambiente ideal para extrair o melhor de sua produção.
Dongyu se interessou sobre o controle de pragas empregado na propriedade, já que o clima da região é quente e úmido. Experimentou goiaba, se apaixonou por palmito pupunha in natura e conheceu a pimenta dedo-de-moça.
Diretor-Geral da FAO fica impressionado com agricultura familiar de Magé - Divulgação
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"Um dos indicadores de que a plantação não emprega uso de agrotóxicos é a presença de peixes e plantas aquáticas nos córregos da região", analisou o diretor da FAO, que é engenheiro agrônomo e foi ministro da Agricultura na China antes do posto nas Nações Unidas, enquanto visitava a propriedade de Oscar Ernesto, que fica em Conceição de Suruí.
A comitiva da FAO que acompanhou o diretor foi recepcionada pela comunidade agrícola, a Secretaria de Agricultura Sustentável e Defesa dos Animais, da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, da Emater-Rio, Secretaria de Agricultura Sustentável, Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro - FIPERJ e do CCEWAME - Centro Cultural Waldemar Mello.
Além da apresentação das técnicas agrícolas empregadas na agricultura familiar de Magé, eles terão a oportunidade de almoçar em uma das propriedades visitadas, com um cardápio que conta com alimentos cultivados nas terras mageenses e destaque especial para o palmito pupunha, estrela da produção de Oscar que tem uma plantação com 30mil pés, iniciada há 15 anos, entre as diversas culturas da sua propriedade de 25 hectares.
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De Magé para o mundo
Luiz Gustavo Leitão, engenheiro agrônomo e subsecretário de Agricultura Sustentável e Defesa dos Animais em Magé, destacou que a repercussão positiva do resultado no campo, é fruto da assistência técnica ofertada pela Prefeitura.
“Isso aí foi um evento muito importante, esse momento é histórico! Por que a gente está levando Magé para o mundo. É mostrar ao mundo todo o que Magé tem de bom. E o que a gente oferece em questão de preparo solo, compra consorciada, adubo orgânico, insumos, mudas de palmito… isso tem uma relevância enorme, colocando nossa cidade em visibilidade”, pontuou o subsecretário.

"E a gente fica até surpreso, né! Porque ele saiu daqui maravilhado, e também o nosso secretário estadual de Agricultura que não imaginava também o potencial de Magé. Isso coroa o trabalho de Magé que é realizado pela parceria entre a Emater e a Prefeitura”, comemora o diretor do escritório-local da Emater-Rio em Magé, Edison Rodrigues.

Encantado, o secretário estadual de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, Dr. Deodalto, teve ótimas impressões sobre a visita.
“Eu fiquei impressionado com o que vi aqui hoje. Eu não sabia que Magé tinha grandes produções com tanta qualidade. O palmito pupunha não é típico em nosso estado, mas vimos com a assistência técnica o quanto ele tem potencial para ajudar esses pequenos produtores através do agrofundo. Com 2% do que é investido e com o crédito rural é possível ver o esse grande resultado”, destacou.

“Complementando o que o secretário [estadual] disse, Magé é um exemplo de produção, a gente encontra de tudo aqui. Vimos produção de pimentão, pimenta, goiaba, pupunha, batata-doce e são alguns que eu me lembro agora, e já podemos ver a diversidade que tem. A Emater-Rio identifica essas oportunidades, orienta os agricultores para que ele resolva problemas e encontre novas alternativas. E o palmito é justamente um grande exemplo disso que hoje é um grande destaque de produção”, finaliza o presidente Marcelo Monteiro da Costa.