Terreiros da Baixada são homenageados no Museu Nacional da UFRJDiogo Vasconcellos/Divulgação

Magé - O Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro realizou um evento em homenagem àquelas e àqueles que estão colaborando com a recomposição do acervo da instituição, atingido por um grave incêndio em 2 de setembro de 2018. O evento foi apoiado pelo Instituto Inclusartiz, presidido pela argentina Frances Reynolds, empresária e mecenas da arte carioca.
Entre os homenageados estavam o babalorixá Pai Paulo de Ogum e os artistas Jorge Nobre e Wellington Soares, membros do Ilé Asé Ogun Alakoro, situado em Bongaba, Magé. Uma bela coleção foi produzida pelos artistas da comunidade e encaminhada ao Museu Nacional. Esteve também presente Leonardo de Ogum, do Ilê da Oxum Apará, Itaguaí, que doou ao Museu Nacional uma coleção do Ilê, fundado por seu pai, Jair de Ogum, na década de 1970.
O diretor do Museu, Alexander Kellner, agradeceu aos colaboradores o gesto de confiança e compromisso com a preservação do patrimônio cultural, histórico e científico e pelo apoio inestimável à perpetuação do conhecimento. As coleções formadas nos Ilês foram mediadas pela equipe técnica do Setor de Etnologia e Etnografia do Museu Nacional e estarão em exposição na reabertura do Museu, contribuindo para uma educação de combate ao racismo religioso e para a divulgação dos saberes ancestrais.