O procurador-geral do Texas, Ken Paxton, líder da iniciativa, destacou o poder de mercado do grupo nos mercados online e como isso afeta o caráter aberto e inovador da web. "Consumidores acreditam que a internet é livre, mas não é. Essa é uma companhia que domina todos os aspectos de publicidade e busca. O lado do comprador, do consumidor e até mesmo o segmento de vídeo com o Youtube", disse.
O procurador-geral do Distrito de Columbia, Karl Racine, caracterizou a apuração como um esforço para avaliar os impactos do poder de mercado do Google e saber se há "condições mínimas na indústria de tecnologia online". Ele citou como exemplo o fato dos resultados de busca de maior visibilidade em geral estarem associados a negócios do próprio Google (como vídeos do Youtube e informações sobre produtos do Google Shopping).
"O Google comanda uma grande parcela do mercado de publicidade online e nós devemos garantir que todos são tratados de maneira justa", disse Racine, em uma referência a eventuais práticas anticoncorrenciais do grupo. Racine ressaltou que a investigação busca proteger não somente o usuário dos serviços do conglomerado, mas também os pequenos negócios que podem estar sofrendo os efeitos de um poder monopolista.
Consumidores
O procurador-geral da Dakota do Sul, Jason Ravnsborg, disse que o desejo é assegurar condições justas de competição. Segundo o procurador-geral de Utah, Sean Reyes, o fato de tantos procuradores se juntarem no esforço sinaliza a capilaridade das atividades do conglomerado e a continuidade das denúncias contra ele. "Embora democratas e republicanos sejam de partidos diferentes, temos um laço comum na proteção dos cidadãos dos nossos estados", disse a procuradora-geral da Flórida, Ashley Moody.
Domínio de mercado
O Alphabet também comercializa serviços para empresas e infraestrutura na nuvem e mantém o que chama de "outras apostas", uma série de empresas com pesquisas e desenvolvimento tecnológico, que vão do combate ao envelhecimento a carros autônomos, passando por serviços de acesso à internet usando balões ou equipamentos como desktops, smartphones e assistentes virtuais.
Multa
Segundo o órgão de concorrência do bloco, o Google fechava contratos com cláusulas que minavam a competição, dificultando a disseminação de anúncios de concorrentes do grupo.