Por AFP
Istambul - As autoridades turcas acusaram, nesta sexta-feira (19) a guarda costeira grega de terem matado ao menos três migrantes jogando-os no mar com as mãos amarradas e afirmaram que resgataram outros três com vida, acusações desmentidas por Atenas.
"Na noite passada, membros da guarda costeira grega agrediram sete migrantes, roubaram seus pertences e algemaram suas mãos antes de jogá-los no mar sem colete salva-vidas ou barco de resgate. Eles os abandonaram à própria sorte", disse no Twitter o ministro turco do Interior, Suleyman Soylu.
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"Os trabalhos de buscas continuam para encontrar a última pessoa desaparecida", relataram em um comunicado.
Soylu divulgou um vídeo de um homem, que se apresenta como um dos sobreviventes, e explica que o grupo de migrantes do qual fazia parte foi detido pelas autoridades gregas na quinta-feira, quando estavam perto da ilha de Quíos, após uma viagem que começou na Turquia.
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"Pegaram o nosso dinheiro e nossos telefones e nos agrediram. Éramos sete. Nos jogaram no mar aos chutes", disse ele em turco.
Outro homem, também apresentado como um migrante, aparece neste vídeo com as mãos atadas com uma corda de plástico.
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"São notícias falsas, parte dos constantes esforços da parte turca em manchar a imagem" da Grécia, reagiu o serviço da guarda costeira grego mediante um tuíte.
A AFP não conseguiu verificar essas declarações de forma independente.
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Essa não é a primeira vez que os guarda-costas gregos são acusados deste tipo de prática, mas as autoridades de Atenas sempre negaram as acusações.
O mar Egeu é uma das principais rotas usadas pelos migrantes para entrar clandestinamente na Europa.