Militares foram acusados por desaparecimento e mortes de civisReprodução/Twitter

Por iG
Bogotá - Nesta terça-feira (6), o tribunal da JEP (Jurisdição Especial para a Paz) da Colômbia acusou 10 militares e um civil pelo desaparecimento forçado de 24 pessoas e pelo assassinato de pelo menos 120. Além disso, os suspeitos também teria apresentado as vítimas falsamente como guerrilheiros mortos em combate. As informações são da agência Reuters.
De acordo com a publicação, é a primeira vez que a JEP acusa militares do Exército do país desse tipo de ação. As acusações, conhecidas como escândalo dos falsos positivos, são relacionadas a soldados que mataram civis e os classificaram como guerrilheiros abatidos em combates, a fim de conseguirem promoções ou outros benefícios.
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Os homicídios teriam sido relatados como parte das mortes em combates na região de Catatumbo, entre janeiro de 2007 e agosto de 2008, disse o tribunal. Entre os acusados estão um general, seis oficiais, três oficiais não-comissionados e um civil. Já entre as vítimas estão agricultores e varejistas, entre outros.
"Era um padrão de macrocriminalidade, ou seja, a repetição de ao menos 120 assassinatos durante dois anos na mesma região, cometidos pelo mesmo grupo de pessoas associadas a uma organização criminosa e seguindo o mesmo modus operandi", afirmou a magistrada Catalina Diaz.
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O tribunal da JEP foi criado em 2016 para processar ex-membros das Farc (antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e líderes militares por supostos crimes de guerra.