Cuba viveu uma onda de manifestações inéditas no dia de 11 de julho AFP

O chefe de diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, pediu nesta quinta-feira, 29, às autoridades de Cuba a libertação das pessoas detidas durante os protestos que ocorreram no início de julho em diversas cidades desse país. "Pedimos ao governo de Cuba para respeitar os direitos humanos e liberdades consagradas nas Convenções (...). Pedimos que libertem todos os manifestantes detidos arbitrariamente e que escutem a voz dos cidadãos", diz a nota.
Borrell, que assinou esta nota em nome dos 27 países da UE, expressou sua preocupação "com a prisão de manifestantes e jornalistas, especialmente depois das manifestações de 11 de julho em todo o país". Até o momento, não há números oficiais de pessoas detidas como consequência desses protestos.
Publicidade
Grupos opositores locais estimam que o número de detidos poderia ser de mais de 600, embora o chanceler Bruno Rodríguez afirme que a maioria deles já foi liberada mediante pagamento de multas ou "medidas cautelares domiciliares".
Os protestos também ocorreram fora de Cuba e a embaixada desse país em Paris foi atacada nesta semana. O Ministério Público de Paris informou na terça-feira que abriu uma investigação por "degradações por substância explosiva ou dispositivo incendiário".
Publicidade
Em sua nota publicada nesta quinta-feira, Borrell afirmou que a UE está pronta "para apoiar os esforços para melhorar as condições de vida dos cubanos".