Rio - O diretor geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou, na manhã desta sexta, 30, que o mundo já tem todas as ferramentas para tratar a covid-19 e alertou que a pandemia vai terminar quando os governos decidirem agir.
“Está nas nossas mãos. Apesar disso, os casos e mortes seguem aumentando. Em média, tivemos uma alta de 8% nos casos ao redor do mundo, muito por conta da variante Delta, que foi detectada em 132 países”, disse.
Segundo ele, o uso inconsistente das medidas de proteção, a retomada da rotina normal e a pouca distribuição de vacinas são algumas das razões para o novo surto de casos e surgimento de variantes.
“Isso deveria ser uma cicatriz nas nossas consciências. A decisão de vacinar não está com os países africanos, e sim nas mãos dos CEOs das farmacêuticas, dos países onde as vacinas são fabricadas e das nações que fecharam mais acordos do que precisam”, afirmou Bruce Aylward, conselheiro sênior para o diretor-geral.
A OMS voltou a falar sobre a falta de uma distribuição mais justa de vacinas pelo mundo. O problema já havia sido relatado há alguns dias e os líderes da entidade não escondem a preocupação com o ritmo da pandemia em países menos desenvolvidos social e economicamente.
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Os diretores voltaram a pedir um esforço coletivo de todos os países, principalmente os mais ricos, para melhorar a distribuição dos imunizantes. A entidade acredita que não será possível vacinar nem 10% da população do continente africano até o final do ano.
“A questão não é se o mundo pode fazer o investimento de vacinar toda a população, mas se pode não fazê-lo”, completou Ghebreyesus.
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