"A vacina anticovid-19 pode manter você, seu bebê e seus entes queridos a salvo e fora do hospital", destacou a parteira-chefe da InglaterraInternet

A parteira-chefe da Inglaterra, Jacqueline Dunkley Bent, pediu às profissionais da sua categoria que estimulem as grávidas a se imunizarem contra a covid-19 - grupo com um número ainda baixo de vacinadas -, depois que um estudo da Universidade de Oxford demonstrou o agravamento dos sintomas no caso da variante Delta.
"A vacina anticovid-19 pode manter você, seu bebê e seus entes queridos a salvo e fora do hospital", destacou Jacqueline, em meio ao ainda pequeno percentual de grávidas vacinadas.
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Em uma carta aberta divulgada na sexta-feira, 30, ela "convocou as grávidas a tomarem medidas para proteger a si mesmas e a seus bebês", enfatizando que "a vacina salva vidas".
Esta advertência surge após a divulgação, na semana passada, de um "preocupante" estudo da Universidade de Oxford. Os dados mostram que 99% das gestantes internadas por causa do coronavírus não haviam sido vacinadas e que uma em cada dez grávidas hospitalizadas precisa de cuidados intensivos.
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"É uma notícia muito boa que tão poucas grávidas vacinadas tenham sido admitidas no hospital por covid-19", lembrou a professora Marian Knight, que liderou o estudo, considerando "muito preocupante que as internações de grávidas nos hospitais por coronavírus estejam aumentando e que as pacientes pareçam ser mais gravemente afetadas, no caso da variante Delta".
Segundo ela, 200 gestantes foram admitidas em hospitais na semana passada, com coronavírus.
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No total, do início da pandemia até 11 de julho, 3.371 grávidas deram entrada nos hospitais com sintomas da doença. A gravidade de seu estado se acentuou com a variante Delta, detalha o estudo de Oxford, que ainda deverá passar pela revisão dos pares.
Consultada esta semana sobre o mesmo assunto, a responsável da vacinação da OMS, Kate O'Brien, afirmou que existia um "risco mais elevado" de contair uma forma grave da doença para uma grávida.
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"Isso é ainda mais certo no final da gravidez, quando está com uma barriga grande e sua capacidade pulmonar está reduzida devido ao peso que carrega", disse, incentivando as futuras mamães e as mulheres que amamentam a se vacinarem.
Desde meados de abril, as grávidas do Reino Unido podem receber a vacina Pfizer/BioNTech ou Moderna. O Colégio Real de Obstetras e Ginecologistas (RCOG) e o Colégio Real de Parteiras conselham fazer isso o mais rápido possível.
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Segundo dados do Serviço de Saúde inglês (PHE) divulgados em 22 de julho, em torno de 51.700 gestantes receberam uma primeira dose da vacina anti-covid-19, e 20.600, a segunda. Estes números estão muito abaixo do total de 606.500 grávidas registrado por seus médicos na Inglaterra em 2020-2021, conforme a rede BBC.