Mais de 200 mil pessoas protestam na França contra passaporte de saúdeAFP
Mais de 200 mil pessoas protestam na França contra passaporte de saúde
Documento passou a ser obrigatório no dia 21 de julho para acessar espaços culturais e de lazer. A partir de 9 de agosto, também será exigido para frequentar bares e restaurantes
Mais de 200 mil pessoas se manifestaram neste sábado(31) em mais de cem cidades francesas contra o passaporte de saúde, no terceiro sábado consecutivo de protestos contra esta medida na França.
De acordo com o Ministério do Interior francês, 204.900 pessoas participaram dos protestos, um aumento em relação aos 110 mil e 160 mil manifestantes em 17 e 24 de julho.
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O presidente francês Emmanuel Macron anunciou no dia 12 de julho a utilização do passaporte de saúde para o acesso a inúmeras atividades culturais e sociais, medida aplicada entre o final de julho e o início de agosto.
Cerca de 14.240 pessoas se manifestaram em Paris, onde vários protestos foram convocados e eclodiram confrontos entre manifestantes e forças de segurança.
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Antes de uma dessas manifestações, Jérôme Rodrigues, figura conhecida na revolta dos "coletes amarelos", criticou "os membros do governo e da imprensa que vendem a eficácia da vacina, sem que haja comprovação".
Mais de 3 mil policiais foram mobilizados na capital francesa, onde ocorreram incidentes na semana passada na luxuosa avenida Champs Elysées, cujos acessos foram bloqueados neste sábado.
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Neste fim de semana, foram convocadas manifestações em cerca de 150 cidades francesas para protestar contra o passaporte de saúde, medida apoiada pela maioria dos franceses, de acordo com as pesquisas.
Frases como "Eu sou o Judas de Macron", "Vacine-me contra o fascismo e o capitalismo" ou "Mídia mentirosa! Queremos a verdade", eram exibidas nas faixas dos manifestantes em Rennes (Bretanha, noroeste), onde cerca de 2.900 pessoas se concentraram no início da tarde.
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Mais de 20 mil pessoas protestaram em cidades no sudeste da França, especialmente em Montpellier (8.500) e Nice (6.500).
“Presidente, deputados, senadores, cientistas, jornalistas, são todos covardes”, denunciou uma das faixas de uma dessas manifestações, em que se repetiam proclamações de “liberdade, liberdade”.
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Os deputados e senadores franceses finalmente aprovaram no último domingo a lei que estende o uso do passaporte sanitário, que exige a apresentação de um certificado de vacinação com as duas doses ou um teste negativo recente.
Este documento é obrigatório a partir de 21 de julho para acesso a espaços culturais e de lazer, e a partir de 9 de agosto será obrigatório para frequentar bares e restaurante e viajar em aviões e trens de longa distância.
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A França, que esta semana ultrapassou 50% da população vacinada, enfrenta um aumento na circulação do coronavírus, com mais de 24.300 casos registrados na sexta-feira.
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