75% dos participantes dos testes apresentavam comorbidadesReprodução internet
"Com esses resultados tremendos, o AZD7442 pode ser uma ferramenta importante no nosso arsenal para ajudar as pessoas que possam precisar de mais do que uma vacina para recuperar uma vida normal", afirmou Myron Levin, professor da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, responsável pelos testes.
"Precisamos de outras abordagens para pessoas que não estão bem protegidas pelas vacinas anticovid-19", acrescentou Mene Pangalos, um alto funcionário da AstraZeneca, que prometeu divulgar dados adicionais sobre os testes até o final do ano.
O laboratório especifica que enviará uma solicitação às autoridades sanitárias para obter sua aprovação para uso emergencial, ou uma validação nas condições do tratamento, cujo desenvolvimento é financiado pelo governo dos Estados Unidos.
A Astrazeneca foi, também, uma das primeiras a validar sua vacina contra a covid-19. Inicialmente, seu imunizante gerou dúvidas, devido aos raros efeitos colaterais, o que levou alguns países a limitarem seu uso.
Perda de eficácia
Entre dezembro de 2020 e agosto de 2021, os cientistas da Universidade de Oxford examinaram amostras de quase 700 mil pessoas.
E a análise permitiu estabelecer que, para as infecções com carga viral elevada, uma pessoa que recebeu a segunda dose da Pfizer um mês antes estava 90% mais protegida contra a variante delta do que uma pessoa não vacinada. O percentual cai para 85% dois meses depois, e 78%, três meses depois.
Paralelamente, as pessoas que receberam as duas doses da AstraZeneca estão protegidas em 67% um mês depois; 65%, dois meses depois; e 61%, três meses depois.
Após quatro ou cinco meses, o nível de proteção oferecido pelas duas vacinas é similar, segundo o estudo, que ainda não passou por uma revisão.
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