Talibãs permitirão que cidadãos americanos e afegãos em risco deixem o Afeganistão após 31 de agostoAFP PHOTO / SAMUEL RUIZ / US MARINE CORPS/HANDOUT
Talibãs permitirão saída de americanos e afegãos em risco após 31 de agosto
Segundo estimativas, ainda restam cerca de 1,5 mil americanos a serem retirados do Afeganistão
Washington - Os talibãs se comprometeram a permitir que cidadãos americanos e afegãos em risco deixem o Afeganistão após 31 de agosto, anunciou, nesta quarta-feira, 25, o secretário de Estado americano, Antony Blinken.
Em coletiva de imprensa em Washington, DC, o chefe da diplomacia do governo do democrata Joe Biden afirmou que "os talibãs assumiram compromissos públicos e privados para proporcionar e permitir uma passagem segura aos americanos, aos cidadãos de países terceiros e aos afegãos em risco a partir de 31 de agosto".
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Blinken declarou aos jornalistas que pelo menos 4,5 mil cidadãos americanos dos 6 mil que queriam deixar o país já foram retirados.
Assim, segundo estimativas, restariam cerca de 1,5 mil americanos a serem evacuados do Afeganistão. Com 500 deles existe um "contato direto" próximo, afirmou.
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"Estamos em contato ativo com eles várias vezes por dia através de múltiplos canais de comunicação (...) para determinar se ainda querem partir", disse Blinken aos jornalistas.
Nesta terça, o presidente Joe Biden disse que a ponte aérea de retirada, liderada pelos Estados Unidos a partir do superlotado aeroporto de Cabul, capital afegã, deve terminar em breve devido à ameaça crescente do braço afegão do grupo Estado Islâmico.
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Pouco antes, Biden havia dito aos líderes do G7 que os Estados Unidos estavam "em vias" de concluir sua retirada militar do Afeganistão até 31 de agosto, uma condição irredutível exigida pelos talibãs em meio a complicações geradas no principal terminal aéreo, cuja segurança é garantida por 6 mil militares americanos.
Até agora, quase 60 mil pessoas, entre estrangeiros e afegãos, foram evacuadas do país a partir do aeroporto de Cabul desde 14 de agosto, a maioria delas em voos militares americanos, segundo números de Washington. Mas uma multidão continua reunida do lado de fora das instalações, esperando a oportunidade de sair do país.
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