Nos últimos sete dias, a média diária de novos casos nos EUA superou o recorde de 251.989 infecções alcançado durante a terceira onda, em janeiro de 2021AFP
Nos últimos sete dias, a média diária de novos casos superou o recorde de 251.989 infecções alcançado durante a terceira onda, em janeiro de 2021.
A ômicron já é a variante dominante nos Estados Unidos, de acordo com os Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC). Foi responsável por em torno de 59% dos novos casos na semana que terminou em 25 de dezembro.
Essa agência federal de saúde pública revisou drasticamente para baixo suas estimativas da semana anterior (encerrada em 18 de dezembro): de 73% de ômicron para 22,5% (dado correto).
"Recebemos mais dados sobre este período, e houve uma redução na proporção de ômicron", disse uma porta-voz do CDC à AFP.
Ela ressaltou, porém, que "é importante notar que continuamos vendo um aumento contínuo na proporção de ômicron".
Infecção rápida
"Será uma onda rápida, mas muito difícil", tuitou o epidemiologista da Universidade de Harvard Michael Mina na terça-feira.
Mina afirmou ainda que o registro de infecções é apenas a "ponta do iceberg", devido à quantidade de casos não detectados, ou não declarados.
As autoridades de saúde americanas alertaram na terça-feira que este problema é agravado pelo fato de os testes de antígenos, que têm a vantagem de darem um resultado em poucos minutos, serem menos sensíveis à ômicron do que às variantes anteriores.
Isso significa que é mais provável que esses testes apresentem um resultado negativo, apesar de a pessoa estar infectada - os chamados 'falsos negativos'.
No momento, a curva de internações também está aumentando, com cerca de 9.000 entradas diárias de novos pacientes com covid-19 nos Estados Unidos. De qualquer modo, indicam os dados do CDC, ainda se está longe das 16.500 hospitalizações registradas no início de janeiro de 2021.
Hoje, cerca de 1,2 mil pessoas morrem de covid-19, em média, todos os dias no país. Há um ano, o teto era de cerca de 3,4 mil óbitos.
Quarentena reduzida
Diante do surto de contágios que causa transtornos aos restaurantes e obriga a cancelar voos e espetáculos, o governo americano decidiu nesta semana reduzir pela metade a duração recomendada da quarentena para pessoas positivas para covid-19. Com isso, o isolamento para de 10 para cinco dias para assintomáticos e de 14 para cinco dias para os contatos próximos de casos positivos e que não estão vacinados.
O mundo bateu novos recordes de infecções nos últimos sete dias, com uma média de mais de 935.000 casos diários de covid-19, detectados de 22 a 28 de dezembro, conforme balanço da AFP feito com base em dados oficiais.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.