Presidente da França, Emmanuel MacronAFP

Moscou - O governo russo disse, nesta quarta-feira (9), que há "sinais positivos" para a resolução da crise na Ucrânia, depois de uma reunião entre os presidentes francês e ucraniano em Kiev.
Emmanuel Macron se encontrou com Volodimir Zelensky na terça-feira (8), em meio a uma intensa movimentação diplomática na Europa para desativar uma hipotética invasão da Ucrânia por parte da Rússia. Moscou concentrou cerca de 100 mil soldados em suas fronteiras.
"Houve sinais positivos de que uma solução para a Ucrânia poderia se basear apenas no cumprimento dos acordos de Minsk", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa.
Estes acordos foram assinados em 2015 entre Kiev e os separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, mas não levaram ao encerramento deste conflito que deixou mais de 13.000 mortos desde 2014.
Peskov observou, porém, que não houve uma indicação, por parte de Zelensky, de que as autoridades ucranianas estariam prontas para fazer "rapidamente" o que "Kiev deveria ter feito há muito tempo".
"Portanto, há sinais positivos, e há (sinais) menos positivos", acrescentou.
Falando em uma entrevista coletiva com Zelensky ontem, em Kiev, Macron disse ver um caminho para reduzir a tensão.
Tanto Zelensky quanto o presidente russo, Vladimir Putin, com quem Macron se reuniu na segunda-feira (7), manifestaram seu compromisso com os acordos de Minsk, declarou o presidente francês, primeiro líder ocidental a ir a Moscou desde o início da crise, em dezembro passado.