UcrâniaAFP

"Ainda há uma oportunidade crucial para a diplomacia" na crise atual sobre a Ucrânia, avaliaram o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e o presidente americano, Joe Biden, nesta segunda-feira, 14, durante um telefonema, informou o porta-voz de Johnson.

"O primeiro-ministro e o presidente Biden se informaram mutuamente de suas recentes discussões com seus colegas dirigentes mundiais. Estiveram de acordo em que ainda resta uma oportunidade crucial para a diplomacia e para que a Rússia renuncie a suas ameaças contra a Ucrânia", disse o porta-voz de Boris Johnson após a conversa por telefone.
Tensão na fronteira
O governo norte-americano não viu nenhum "sinal concreto de redução" das tensões na fronteira russa com a Ucrânia, disse o porta-voz do Departamento de Estado Ned Price nesta segunda-feira, 14.

"É uma clara possibilidade, talvez mais real do que nunca, que a Rússia decida prosseguir com a ação militar, com novas forças russas continuando a chegar à fronteira ucraniana", disse Price a repórteres.

"Uma invasão, como dissemos, pode começar a qualquer momento", acrescentou.
'Apoio tático' da China
Outra preocupação do governo dos EUA, é o "apoio tácito" da China à Rússia sobre a questão da Ucrânia é "profundamente alarmante", disse o Pentágono nesta segunda-feira, 14, enquanto os países ocidentais continuam temendo um ataque militar de Moscou ao vizinho.

Este apoio é "profundamente alarmante e, francamente, ainda mais desestabilizador para a situação da segurança na Europa", disse em coletiva de imprensa o porta-voz do Pentágono, John Kirby.
Decisão de Putin
Os Estados Unidos continuam acreditando que Putin, não tomou sua "decisão final" sobre invadir ou não a Ucrânia, disse o Pentágono, às vésperas de uma viagem do secretário americano da Defesa, Lloyd Austin, à Europa.

"Ainda não acreditamos que tenha sido tomada uma decisão final", disse em coletiva de imprensa o porta-voz do Pentágono, John Kirby, embora tenha dito que "uma ação militar poderia ocorrer a qualquer momento".

Ele também anunciou a visita de Austin na terça-feira à sede da Otan, em Bruxelas, e depois à Polônia e à Lituânia.