Primeiro-ministro britânico, Boris JohnsonAFP

Londres - As últimas informações da fronteira russo-ucraniana ainda não são "animadoras" para uma desescalada, apesar do anúncio da retirada de algumas tropas e da "abertura" ao "diálogo" por Moscou, disse o primeiro-ministro britânico Boris Johnson nesta terça-feira (15).
"As informações que estamos vendo hoje não são animadoras. Hospitais de campanha russos estão sendo construídos perto da fronteira com a Ucrânia, em Belarus, o que só pode ser interpretado como preparação para uma invasão" e "mais grupos táticos de batalhão estão se aproximando da fronteira", disse Johnson.
Assim, apesar de "vermos uma abertura russa ao diálogo", há também "sinais contraditórios", disse Johnson, apelando aos países ocidentais para que se mantenham "firmes e unidos" sobre possíveis sanções econômicas, em particular contra empresas russas nos mercados financeiros de Londres.
Os países ocidentais temem que os mais de 100 mil soldados russos nas fronteiras com a Ucrânia estejam preparando uma invasão.
Moscou, que já anexou a Crimeia em 2014 e apoia separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia há oito anos, nega essas acusações e diz que se sente ameaçada pela expansão da Otan no leste europeu.
Por isso, exige garantias de que a Ucrânia não entrará para a Aliança Atlântica e que esta organização retirará sua infraestrutura militar da região.