Vaticano - O papa Francisco enviou, nesta sexta-feira, 18, uma carta ao bispo de Petrópolis, Dom Gregório Paixão Neto, em que prestou sua solidariedade às vítimas e as famílias dos mortos devido ao temporal que atingiu a cidade, na Região Serrana do Rio, na terça-feira.
Em uma carta em português, o secretário do papa, cardeal Pietro Parolin, escrevou a mensagem enviada por Francisco. No texto, o papa disse confiar ao bispo "transmitir às famílias das vítimas suas condolências".
"Santo Padre, ao tomar conhecimento com profundo pesar das trágicas consequências do deslizamento de terras nessa cidade, confia ao senhor bispo transmitir às famílias das vítimas as suas condolências e a sua participação na dor de todos os enlutados ou despojados de seus haveres”, disse o papa.
O papa também oferece palavras de consolo aos que perderam familiares e moradias e disse rezar pedindo conforto, serenidade e consolação pela “dolorosa provação”.
Francisco também afirmou que deseja "pronto restabelecimento e serenidade e consolação da esperança cristã para todos os atingidos pela dolorosa provação".
Nesta sexta, o papa manifestou sua indignação pelos ventos de guerra que rondam pelo mundo. "A humanidade, que se orgulha de seus avanços na ciência, no pensamento, em tantas coisas bonitas, vai para trás quando se trata de tecer a paz. É campeã para fazer a guerra. É uma vergonha para todos!", disse o papa Francisco durante uma audiência no Vaticano com os membros da congregação para as Igrejas Orientais.
"Parece que o maior prêmio para a paz deve ser concedido às guerras: uma contradição! Estamos apegados às guerras e isso é trágico. Neste momento, no qual se registram tantas guerras em todos os lugares, os apelos dos papas assim como o dos homens e mulheres de boa vontade é crucial", destacou Francisco.
Ao falar "dos ventos ameaçadores que sopram nos estepes do leste da Europa", o papa argentino se referiu particularmente à crise na Ucrânia. Segundo ele, esses eventos "acendem os fusíveis e o fogo das armas, deixando os corações dos pobres e dos inocentes gelados. Eles não contam".
Novos bombardeios nesta sexta-feira no leste da Ucrânia aumentaram o temor de uma invasão russa, apesar do anúncio de terça-feira da Rússia de uma série de retiradas de suas tropas da fronteira. Os anúncios de uma retirada parcial, com imagens de tanques levados em trens, não convencem os países ocidentais.
O secretário da Defesa americano Lloyd Austin disse nesta sexta-feira que continua vendo "mais tropas se deslocando" para a fronteira ucraniana. Uma guerra entre Rússia e Ucrânia seria "catastrófica", alertou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, nesta sexta-feira.
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