Secretário-geral da Otan, Jens StoltenbergAFP

Bruxelas - A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não tem tropas na Ucrânia nem planos de enviá-las a este país, alvo de uma grande ofensiva por parte da Rússia, afirmou o secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg. "Não temos planos de enviar tropas da Otan à Ucrânia", afirmou em Bruxelas, na Bélgica.


A Otan ativou seus planos de defesa - passo que concede autoridade aos comandos militares para movimentar tropas - com o objetivo de reforçar a defensa dos países da aliança.
Mais cedo, o secretário-geral da Otan denunciou o "ataque irresponsável e não provocado" da Rússia à Ucrânia e alertou que isso coloca "inúmeras" vidas em risco. "Condeno veementemente o ataque não provocado e irresponsável da Rússia à Ucrânia, que coloca em risco inúmeras vidas de civis", afirmou Stoltenberg em comunicado.
"Mais uma vez, apesar de nossas repetidas advertências e esforços incansáveis para se engajar na diplomacia, a Rússia escolheu o caminho da agressão contra um país independente e soberano", disse Stoltenberg em um comunicado, anunciando uma reunião de aliados da Otan para abordar as "consequências das ações agressivas da Rússia", completou o diplomata, anunciando uma reunião dos aliados da Otan para abordar as "consequências das ações agressivas da Rússia".

Stoltenberg descreveu os eventos como "uma grave violação do direito internacional e uma séria ameaça à segurança euro-atlântica". "Peço à Rússia que cesse suas ações militares imediatamente e respeite a soberania e a integridade territorial da Ucrânia".

Ele assegurou que "a Otan fará o que for necessário para proteger e defender todos os seus aliados". Esta declaração acontece depois que o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma operação militar na Ucrânia. Explosões foram ouvidas em várias cidades do país.

A Ucrânia não é membro da aliança militar de 30 países ocidentais, mas suas tentativas de se tornar parte dela irritaram Putin. O presidente russo exigiu garantias da Otan e dos Estados Unidos de que a Ucrânia nunca será admitida na aliança e deslocou milhares de tropas ao longo da fronteira com aquele país.