Capital da Ucrânia ficou com congestionamento em diversos pontos GENYA SAVILOV / AFP
"Não podemos confirmar ainda os números exatos, mas está claro que houve importantes deslocamentos para o interior do país e alguns movimentos nas fronteiras", declarou à AFP Shabia Mantoo, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
"Acreditamos que cerca de 100 mil pessoas já fugiram de suas casas e podem ter se mudado para dentro do país e que vários milhares cruzaram as fronteiras internacionais", completou.
Filippo Grandi, Alto Comissário das Nações Unidas para os refugiados, anunciou durante o dia o reforço das operações e capacidade do Acnur na Ucrânia e nos países vizinhos.
Ele também pediu aos governos desses países "que deixem as fronteiras abertas para as pessoas que buscam segurança e proteção" vindos da Ucrânia.
"Estamos prontos para apoiar os esforços de todos para responder a qualquer situação de deslocamento forçado", escreveu Grandi em comunicado.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, denunciou o "ataque irresponsável e não provocado da Rússia à Ucrânia, que põe em risco incontáveis vidas civis".
E o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, alertou que "a Rússia enfrentará um isolamento sem precedentes" e prometeu "o pacote de sanções mais robusto e severo que já adotamos".
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que este era "o dia mais triste" de seu mandato.
A China, aliada de Moscou, disse com cautela que "entende as preocupações de segurança razoáveis da Rússia".
Tempestade nos mercados
A Bolsa de Valores de Moscou, que interrompeu as negociações por algumas horas, sofreu perdas de mais de 30% e a moeda russa, o rublo, registrou sua baixa histórica em relação ao dólar antes da intervenção do banco central russo.
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