A Polônia vem sendo o principal destino dos refugiadosAFP
Especificamente em relação à Polônia, guardas de fronteira poloneses disseram hoje que mais de 156.000 pessoas cruzaram a fronteira da Ucrânia e entraram no país desde o início da invasão russa na quinta-feira, 24.
O balanço mais recente representa um aumento de dezenas de milhares de pessoas em comparação ao que foi relatado no sábado, mostrando a rapidez com que os ucranianos estão fugindo para seu vizinho ocidental.
"Desde o início das hostilidades na Ucrânia em 24 de fevereiro, os agentes de fronteira registraram um total de 187.800 pessoas em todas as passagens com a Ucrânia", tuitou a guarda de fronteira da Polônia.
Esse número inclui aqueles que saem da Polônia para entrar na Ucrânia, embora a maioria, mais de 156.000, seja de pessoas que fogem do país, disse o órgão.
"Apenas ontem, registrou-se um número recorde de pessoas (...) entre elas 77.300 na Polônia", procedentes da Ucrânia, acrescentou a guarda.
A Polônia já contava com cerca de 1,5 milhão de ucranianos em seu território antes da invasão russa. Expressando forte apoio à Ucrânia, o país recebeu a maioria dos ucranianos que deixam sua terra natal.
Milhares de ucranianos também fugiram para Hungria, Moldávia, Eslováquia e Romênia.
O conflito na Ucrânia pela Rússia teve início nesta quinta-feira, 24, após o presidente russo Vladimir Putin autorizar a entrada de tropas militares no país do leste europeu. A invasão culminou em ataques por ar, mar e terra, com diversas cidades bombardeadas, inclusive a capital Kiev, que já deixou mais de 130 mortos e mais de 300 feridos. Essa é a maior operação militar dentro de um país europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
A ofensiva provocou clamor internacional, com reuniões de emergência previstas em vários países, e pronunciamentos de diversos líderes espalhados pelo mundo condenando o ataque russo à Ucrânia. Em razão da invasão, países como Estados Unidos, Reino Unido e o bloco da União Europeia anunciaram sanções econômicas contra a Rússia.
A invasão ocorreu dois dias após o governo russo reconhecer a independência de dois territórios separatistas no leste da Ucrânia - as províncias de Donetsk e Luhansk. Com os ataques, Putin pretende alcançar uma desmilitarizaração e a eliminação dos "nazistas" , segundo o presidente russo.
Outros motivos de Putin pela invasão na Ucrânia se dão pela aproximação do país com o Ocidente, com a possibilidade do país do leste europeu fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan),
aliança militar internacional, e da União Europeia, além da ambição de expandir o território russo para aumentar o poder de influência na região.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.