Bombardeios em Kharkiv, na Ucrânia, deixam 11 mortos e dezenas de feridosAFP
"O inimigo russo bombardeia bairros residenciais", escreveu o governador Sinegoubov nas redes sociais, acrescentando que, "por causa desses bombardeios, ainda em curso, não podemos chamar os serviços de socorro (...) Atualmente, há 11 mortos e dezenas de feridos".
A diplomacia americana adverte que estas opções comerciais estão diminuindo, devido às sanções internacionais que incluem o fechamento do espaço aéreo de muitos países para aviões russos.
A nova advertência foi emitida, levando-se em conta, também, que os Estados Unidos decidiram, nesta segunda-feira, permitir a saída do pessoal não essencial de sua embaixada em Moscou.
"A capacidade do governo americano de oferecer serviços de rotina, ou de emergência, a cidadãos americanos na Rússia é extremamente limitada", ressalta o Departamento de Estado, que também alerta para o risco de "perseguição" por parte das autoridades russas de cidadãos americanos.
O chanceler russo participaria do Conselho de Direitos Humanos da ONU e da Conferência sobre Desarmamento. Também estava prevista uma entrevista coletiva, acrescentou a instituição russa.
"A visita do ministro das Relações Exteriores, Lavrov, a Genebra, para participar do Conselho de Direitos Humanos foi cancelada", tuitou a Representação Permanente.
Nesta mesma rede social, a missão russa explicou que Lavrov se viu obrigado a cancelar sua viagem, "devido a uma proibição sem precedentes de seu voo nos espaços aéreos dos países da União Europeia que impuseram sanções contra a Rússia".
Este anúncio se dá depois de a Rússia ter sido criticada durante a abertura da reunião anual do Conselho, ante a possível escalada do conflito na Ucrânia.
A pedido de Kiev, os países se uniram para organizar um debate urgente sobre a situação no país, na quinta-feira, e avaliar se devem iniciar uma investigação sobre as supostas violações de direitos cometidas pela Rússia na Ucrânia.
A Rússia rejeitou o pedido de debate e pediu que a questão seja resolvida por votação.
Do total de 247 membros do Conselho, 29 apoiaram o pedido de Kiev, cinco votaram "não", incluindo Rússia e China, e 13 se abstiveram.
O conflito na Ucrânia pela Rússia teve início nesta quinta-feira (24), após o presidente russo Vladimir Putin autorizar a entrada de tropas militares no país do leste europeu. A invasão culminou em ataques por ar, mar e terra, com diversas cidades bombardeadas, inclusive a capital Kiev. Essa é a maior operação militar dentro de um país europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
A ofensiva provocou clamor internacional, com reuniões de emergência previstas em vários países, e pronunciamentos de diversos líderes espalhados pelo mundo condenando o ataque russo à Ucrânia. Em razão da invasão, países como Estados Unidos, Reino Unido e o bloco da União Europeia anunciaram sanções econômicas contra a Rússia.
A invasão ocorreu dois dias após o governo russo reconhecer a independência de dois territórios separatistas no leste da Ucrânia - as províncias de Donetsk e Luhansk. Com os ataques, Putin pretende alcançar uma desmilitarização e a eliminação dos "nazistas", segundo o presidente russo.
Outros motivos de Putin pela invasão na Ucrânia se dão pela aproximação do país com o Ocidente, com a possibilidade do país do leste europeu fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar internacional, e da União Europeia, além da ambição de expandir o território russo para aumentar o poder de influência na região.
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