Polônia diz que 100 mil ucranianos chegaram ao país desde ataque russoAFP

Breslávia - Um homem de 49 anos foi preso na Polônia pela suspeita de ter estuprado uma refugiada da Ucrânia de 19 anos. Segundo a polícia, ele teria entrado em contato com a jovem pela internet com a promessa de que ofereceria abrigo. Dessa forma, ela teria aceitado após invadir guerra em seu país. 
De acordo com a agência de notícias Associated Press, o suspeito pode ser condenado até 12 anos de prisão."Ele conheceu a garota oferecendo sua ajuda por meio de um portal na internet. Ela escapou da Ucrânia devastada pela guerra, não falava polonês. Ela confiava em um homem que prometeu ajudá-la e protegê-la. Infelizmente, tudo isso acabou sendo uma manipulação enganosa", disse a polícia em um comunicado.
Para a agência de notícias, Tamara Barnett, diretora de operações da Human Trafficking Foundation, disse que os refugiados ficam vulneráveis e se tornam como presas fáceis. "Quando de repente você tem um grupo enorme de pessoas realmente vulneráveis que precisam de dinheiro e assistência imediatamente, é uma espécie de terreno fértil para situações de exploração sexual. Quando vi todos esses voluntários oferecendo suas casas… isso sinalizou uma preocupação na minha cabeça", alertou. 
Em razão da guerra na Ucrânia, a agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU) informou que mais de 2,5 milhões de pessoas já fugiram do país invadido pela Rússia. O país com maior número de pessoas fugidas do conflito é justamente a Polônia, além de outras nações como Moldávia, Romênia e Eslováquia que também receberam ucranianos. 
Os países europeus têm oferecido ajuda a partir da chegada dos ucranianos nos países, como abrigo, transporte gratuito, oportunidades de trabalho e residência por um período. Porém, entidades estão em alerta em razão do risco de refugiados caírem em golpes de traficantes de pessoas ou criminosos sexuais.