Presidente ucraniano Volodimir Zelensky pediu ao presidente francês, Emmanuel Macron, e ao chefe de governo alemão, Olaf Scholz, ajuda neste sábado para libertar prefeitoAFP

O presidente ucraniano Volodimir Zelensky enfatizou neste sábado (12) que a Rússia adotou uma "abordagem fundamentalmente diferente" nas negociações para encerrar o conflito que foi desencadeado pela invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro.

Em entrevista coletiva, Zelensky indicou que Moscou não se limita mais a "dar ultimatos" e disse estar "feliz por receber um sinal da Rússia", depois que o presidente russo Vladimir Putin afirmou ter visto "passos positivos" na últimas negociações bilaterais. Putin indicou anteriormente que as negociações estavam sendo realizadas "agora quase diariamente". 

Ambos os países iniciaram várias rodadas de negociações desde que Putin lançou sua ofensiva contra a Ucrânia. Na quinta-feira, a Turquia sediou as primeiras negociações entre os ministros das Relações Exteriores russo e ucraniano desde o início da invasão.

Essas conversas resultaram na abertura de vários corredores humanitários para evacuar civis das zonas de combate. No entanto, ambos os lados se acusam de bloquear os esforços.

Soldados mortos
"Cerca de 1.300 militares ucranianos" foram mortos desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro, disse o presidente ucraniano durante a entrevista coletiva deste sábado (12).

"Temos cerca de 1,3 mil soldados mortos", declarou o presidente ucraniano, sem dar mais detalhes sobre esse balanço, o primeiro dado pelas autoridades ucranianas desde o início do conflito em 24 de fevereiro.

Zelensky disse ainda que o exército russo havia perdido "cerca de 12 mil homens", numa "relação de um para dez, o que, no entanto, não me deixa feliz", declarou.

Em 2 de março, o exército russo (que mobilizou cerca de 150 mil soldados) afirmou ter perdido 500 soldados, número que não foi atualizado desde então.

Com intensos combates em muitas cidades do país, principalmente o cerco da cidade portuária de Mariupol no Mar de Azov e perto de Kiev, o Pentágono estimou em 8 de março que as perdas russas variavam de 2 mil a 4 mil soldados.