Joe Biden, presidente dos Estados Unidos AFP

Washington - O presidente americano, Joe Biden, conversará com seu homólogo chinês, Xi Jinping, na sexta-feira, 18, principalmente sobre a guerra na Ucrânia - informou a Casa Branca nesta quinta, 17.
"Os dois líderes discutirão como administrar a competição entre nossos dois países, assim como a guerra da Rússia na Ucrânia e outros temas de interesse comum", acrescentou.
Pequim se recusou a condenar sua aliada Moscou pela invasão da Ucrânia, enquanto responsabiliza a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para o leste pela escalada das tensões.
No momento, a China se encontra sob intensa pressão diplomática dos Estados Unidos e de seus aliados europeus para que retire seu apoio a uma Rússia "isolada".
Três semanas após a invasão à Ucrânia, porém, Pequim mostrou poucos sinais de que vá abandonar seus amigos no Kremlin.
O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, e o principal diplomata do Partido Comunista Chinês, Yang Jiechi, encontraram-se em um hotel em Roma, esta semana, para o que a Casa Branca descreveu como uma reunião "importante".
Posteriormente, o governo americano manifestou sua preocupação com o que chamou de "alinhamento" entre Rússia e China.
Estes dois países se aproximaram, e Washington vê isso como uma aliança cada vez mais hostil de "potências nucleares autoritárias".
As discussões em Roma entre Estados Unidos e China tiveram como objetivo testar a profundidade do compromisso de Pequim com Moscou, enquanto as tropas russas prosseguem com sua ofensiva na Ucrânia.
Desde o início da guerra, a China se recusou a condenar as ações do presidente russo, Vladimir Putin, ou mesmo a descrever a invasão como uma guerra. Na semana passada, inclusive, Pequim declarou que a parceria entre ambos é "sólida como uma rocha".