Presidente russo, Vladimir PutinAFP

Moscou - Um capelão militar russo morreu em um ataque ucraniano com foguetes "Smertch" em uma localidade fronteiriça russa, não muito distante da cidade ucraniana de Kharkiv, onde há violentos combates, disseram porta-vozes da Igreja Ortodoxa, nesta sexta-feira, 25.

"O pai (Oleg Artiomev) estava ontem (quinta-feira) no povoado de Khuravliovka, quando morreu atingidos pelos disparos de Smertchs ucranianos e morreu no exercício de suas funções", afirmou o departamento militar da igreja nas redes sociais.
Esta é a primeira morte em território russo por um ataque ucraniano confirmada, publicamente, desde o início da ofensiva na Ucrânia há um mês.
Kremlin nega violação do direito internacional
A Rússia negou, nesta sexta-feira, que esteja violando o direito internacional, após ser acusada pela Ucrânia de usar bombas de fósforo em sua intervenção militar no país vizinho. "A Rússia nunca violou qualquer convenção internacional", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, respondendo a uma pergunta dos jornalistas sobre estas acusações ucranianas.

As bombas de fósforo são armas incendiárias cujo uso contra civis é proibido, embora exista a permissão para a utilização contra alvos militares, de acordo com uma Convenção assinada em 1980 em Genebra.
O protocolo III da Convenção Internacional sobre Armas Convencionais estipula que este tipo de arma "é proibido em qualquer circunstância" contra a população civil. Também é proibida contra alvos militares se estão próximos da população civil. Rússia e Ucrânia assinaram o protocolo.

Vários países foram acusados de usar armas incendiárias nos últimos anos, como Estados Unidos em 2004 no Iraque ou a Rússia em 2018 na Síria.