Tanque ucraniano em Kiev, capital da UcrâniaAFP
"Hoje será provavelmente a última batalha, pois a munição está acabando (...) É a morte para alguns de nós e cativeiro para os demais", escreveu no Facebook a 36ª brigada da Marinha, que integra as Forças Armadas da Ucrânia.
"Estamos desaparecendo pouco a pouco", completa a nota.
"Não sabemos o que acontecerá, mas pedimos que se lembrem (de nós) com uma palavra gentil", pediu a brigada aos ucranianos.
De acordo com a unidade, "durante mais de um mês estamos lutando sem munição, sem comida, sem água, fazendo o possível e o impossível".
Quase metade da brigada está ferida, segundo o comunicado.
Durante mais de 40 dias de intensos combates, "o inimigo nos fez recuar pouco a pouco (...) nos cercou e agora tenta nos destruir", explicou a brigada nesta segunda-feira, antes de lamentar a falta de ajuda "do comando do exército e do presidente" ucraniano Volodymyr Zelensky.
Em uma aparição por vídeo, Zelensky afirmou que a Rússia "destruiu completamente" a cidade.
"Os russos destruíram totalmente Mariupol e a queimaram até reduzi-la a cinzas. Ao menos, dezenas de milhares de cidadãos de Mariupol devem ter morrido", disse o mandatário ucraniano aos legisladores sul-coreanos.
"Senhoras e senhores, vimos, muitas vezes, devastação dessa magnitude no século XX", afirmou em um pedido de assistência militar, desde aviões a tanques para "salvar as vidas de pessoas comuns".
Nesta segunda, o comando da Marinha ucraniana afirmou que se prepara para a "batalha final" em Mariupol, após um cerco de mais de 40 dias e esgotar suas munições, lamentando a falta de ajuda "do comando do exército e do presidente" Zelensky.
A Coreia do Sul entregou à Ucrânia quase 1 bilhão de wons (800.000 dólares) de armamento não letal, como capacetes e equipamentos médicos, indicou o ministério da Defesa da Coreia do Sul à AFP nessa segunda.
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