Franceses aguardam resultado final do segundo turno das eleições presidenciais BERTRAND GUAY / AFP

O presidente francês Emmanuel Macron foi reeleito, neste domingo (24), para um segundo mandato ao derrotar sua rival de extrema-direita Marine Le Pen, de acordo com as primeiras estimativas de institutos de pesquisa.

Macron, liberal centrista, obteve entre 57,6% e 58,2% dos votos, à frente da candidata do Reagrupamento Nacional, creditada com 41,8% a 42,4% dos votos, segundo estas estimativas. A taxa de abstenção está entre 27,8% e 29,8%.
As assembleias de voto na França abriram suas portas às 8h (3h de Brasília) e a participação era de 26,41% às 10h (7h de Brasília) - quase dois pontos a menos que em 2017, segundo o Ministério do Interior.

Os franceses nos territórios ultramarinos e no exterior começaram a votar horas antes devido à diferença de fuso horário. Quase 49 milhões de franceses são chamados a votar. 
Cinco anos depois, a França não é o mesmo país: protestos sociais marcaram a primeira metade do mandato de Macron, uma pandemia global confinou milhões de pessoas e a invasão russa da Ucrânia abalou todo o continente europeu.
A guerra às portas da União Europeia (UE) marcou a campanha eleitoral, embora a principal preocupação dos franceses seja o seu poder de compra, num contexto de aumento dos preços da energia e dos alimentos.

Macron defende uma Europa mais forte, seja em questões econômicas, sociais ou de defesa, e espera dar um novo impulso reformista e liberal, com sua proposta emblemática de adiar a idade de aposentadoria de 62 para 65 anos, que em 2020 já gerou protestos em massa.

Os primeiros-ministros social-democratas da Alemanha, Espanha e Portugal, bem como o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, manifestaram seu apoio a Macron durante a campanha.