Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional dos Estados UnidosAFP
Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA evita criticar Bolsonaro por importação de diesel da Rússia
Jake Sullivan disse que, se Moscou tiver que vender combustível com desconto significativo, sanções econômicas já estariam funcionando
São Paulo — Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan foi questionado nesta segunda-feira, 11, durante entrevista coletiva da Casa Branca, sobre o anúncio do presidente Jair Bolsonaro de que o Brasil está comprando diesel da Rússia. Sem criticar a atuação brasileira no caso, Sullivan disse que, se Moscou tiver de vender combustível com um desconto significativo, as sanções por causa da guerra na Ucrânia já estariam funcionando, por privar os russos de parte considerável de suas receitas.
Mais cedo, Bolsonaro disse que diesel importado da Rússia pode começar a chegar ao país em 60 dias. O presidente brasileiro ainda comentou que as sanções contra o governo do presidente russo, Vladimir Putin, "não deram certo" e que a Rússia continuava a fazer negócios "com o mundo todo".
Sullivan lembrou que o G7 discutiu, em reunião recente de líderes, impor um limite ao preço do petróleo da Rússia transportado por embarcações seguradas por companhias estrangeiras. "Se acontecer de países impuserem seus próprios limites de preços, em uma substancial perda de receita para a Rússia, em termos de habilidade deles de vender petróleo, isso não é o fracasso das sanções, mas o sucesso da pressão econômica por reduzir a receita para a Rússia", afirmou. O assessor disse ainda que os EUA têm como objetivos, em suas sanções, reduzir a receita de Rússia e provocar o mínimo possível de influência nos preços globais de combustível.
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