O acidente aconteceu na costa da ilha de Cárpatos, no sudeste do mar EgeuReprodução/ Redes Sociais

A Guarda Costeira grega busca, nesta quarta-feira (10), dezenas de migrantes após o naufrágio de uma embarcação do grupo, na costa da ilha de Cárpatos, no sudeste do mar Egeu. A informação foi confirmada em um comunicado da instituição.
"Até o momento 29 pessoas, afegãs, iraquianas e iranianas, foram resgatadas e a busca continua porque, segundo suas declarações, entre 20 e 50 outras pessoas estavam no barco que afundou", disse à AFP uma responsável da imprensa da Guarda Costeira. A operação de resgate foi ordenada nesta madrugada pelo ministro da Marinha Mercante, Yannis Plakiotakis, após ser informado do acidente.
O navio partiu da cidade turca de Antália, no sul do país e não muito longe das ilhas gregas do mar Egeu, e tinha como destino a Itália. Quatro barcos que navegavam na área do naufrágio, dois barcos de patrulha da Guarda Costeira e um helicóptero da Força Aérea grega participam na busca dos desaparecidos, que é prejudicada por ventos fortes de 40 km/h a 50 km/h, segundo a porta voz da guarda informou ao rádio Skai Nikos Kokalas.
A perigosa travessia entre as ilhas gregas e a costa turca no mar Egeu, localizada no leste do Mediterrâneo, acaba matando muitos migrantes e refugiados que tentam chegar à Europa a bordo de barcos improvisados para fugir da guerra e da miséria.
Desde janeiro de 2022, 64 pessoas morreram no Mediterrâneo oriental e 111 em 2021, segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM). O número de chegadas de migrantes e refugiados na Grécia, principalmente da Turquia, aumentou este ano, segundo as autoridades gregas.
Atenas acusa Ancara de fechar os olhos aos traficantes de seres humanos e permitir que migrantes cheguem à Grécia em violação de um acordo de março de 2016, que exige que a Turquia reduza a migração de seu território em troca de ajuda financeira europeia. A Turquia nega as acusações.