Ataque terrorista em hotel na Somália AFP
Segundo o ministro Ali Haji Adan, o ataque começou na noite de sexta-feira, 19. O levantamento anterior era de 13 mortos. Neste domingo, os familiares dos desaparecidos no ataque esperavam notícias de seus entes queridos.
Horas antes, as forças de segurança haviam anunciado ter dado um fim ao ataque durante a madrugada de domingo com a morte de todos os assaltantes. Equipes de resgate tentam encontrar desde domingo possíveis sobreviventes nos escombros, confirmaram jornalistas da AFP.
O hotel, frequentado por funcionários do governo, sofreu danos consideráveis durante o enfrentamento dos islâmicos e forças de segurança, com algumas partes até desmoronando. Esse é o mais grave ataque em Mogadíscio desde maio, na eleição do novo presidente somali Hasan Sheikh Mohamud, e destaca o perigo que a insurreição islâmica representa há 15 anos.
Os membros do Al Shabab, um grupo afiliado à Al-Qaeda, iniciaram o ataque na noite de sexta-feira ao invadir com armas e bombas o popular hotel Hayatt, onde ficaram barricados por cerca de 30 horas.
O comissário da polícia, Abdi Hasan Mohamed Hijar, disse à imprensa no domingo que "106 pessoas, incluindo mulheres e crianças" foram resgatadas pelas forças de segurança durante o ataque islamita, que terminou por volta da meia-noite.
Pouco antes do fim do cerco, uma testemunha, Salaad Ali, que assistia todo o ocorrido no telhado de outro edifício, disse que as forças de segurança atacaram “com armas pesadas".
Al-Shabab reivindicou a responsabilidade pelo ataque no sábado, 20, através dos meios de comunicação relacionados. Abdiaziz Abu Musab, porta-voz do grupo, assegurou em declarações à rádio Andalus que suas forças haviam "causado inúmeras vítimas".
O ataque foi feito após os Estados Unidos anunciarem na quarta-feira, 17, o abate de 13 militantes do Al-Shabab em um ataque aéreo nas redondezas de Teedaan, cerca de 300 quilômetros ao norte de Mogadíscio e perto da fronteira com a Etiópia.
O presidente Hasan Sheikh Mohamud disse no mês passado que não poderá vencer os militantes com o recurso único da força militar, mas especificou que ainda não era o momento de encarar uma negociação.
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