Paris - A morte da princesa Diana foi recordada com saudosismo e muitas homenagens em Paris, local do trágico acidente de carro há exatos 25 anos, e em Londres, berço da família real do Reino Unido. Na capital francesa, visitantes deixaram flores, mensagens e cartões no monumento "Chama da Liberdade", localizado na saída do túnel onde ocorreu o acidente no qual Lady Di morreu.
Na capital da Inglaterra, o Palácio de Kensington, em Chelsea, foi o local escolhido pelos eternos "súditos" de Diana prestarem as homenagens. Um memorial com fotos, cartazes, flores e velas ganhou forma no imponente portão. Visitantes chegaram a compartilhar um bolo com a imagem da considerada mais carismática integrante da família real. Mesmo após a oficialização do divórcio com o príncipe Charles, em 1996, Lady Di não perdeu prestígio no país e na comunidade internacional.
No dia 31 de agosto de 1997, Diana estava acompanhada do namorado, o bilionário egípcio Dodi al-Fayed, no fatal acidente automobilístico no túnel abaixo da Pont de L'Alma. O motorista tentava se afastar de um grupo de paparazzi que seguia o carro em motocicletas. A princesa tinha apenas 36 anos e deixou dois filhos, os príncipes William e Harry.
Amigo pessoal de Diana, o cantor inglês Elton John se engrossou o coro e prestou sua homenagem pelas redes sociais: "Você sempre fará falta". Hoje, com 75 anos, o consagrado artista protagonizou um dos momentos mais emotivos do adeus à princesa durante o funeral na Abadia de Westminster. Ele deu voz à canção "Goodbye England’s Rose", numa adaptação de "Candle in the Wind".
Diana Spencer ganhou definitivamente holofotes do mundo ao trocar o status de professora infantil pelo de princesa ao se casar com Charles, herdeiro do trono do Reino Unido, em 1981, na Catedral Saint Paul, em Londres. O "casamento do século", como foi retratado na época, foi transmitido para 750 milhões de pessoas no mundo inteiro.
O interesse em Diana trouxe renovação à família real. Embora pertencesse a uma família aristocrática, a princesa ficou conhecida pela quebra de protocolos e conseguiu aproximar, com muita empatia, a população da realeza. Ligada à causas filantrópicas, ela inaugurou a primeira ala especializada do Reino Unido para pacientes com Aids, em 1987.
A quebra da imagem de superioridade se deu no momento em que a "princesa do povo" pegou as mãos de um paciente, demonstrando que o vírus HIV não podia ser transmitido pelo toque. Em 1996, usou viseira protetora e um colete à prova de balas para caminhar por um campo minado em Angola, onde promoveu o trabalho do Halo Trust, grupo dedicado a remoção de explosivos do subsolo de zonas de guerra. A repercussão foi determinante para o tratado assinado por 164 países que veta o uso de minas terrestres.
Ícone moda, Diana é lembrada até hoje e ainda dita tendência em meio à profusão de filmes, séries e documentários que recontam momentos de sua vida. Passados 25 anos, muitos continuam de luto pela princesa que não precisou usar a coroa de rainha para arrebatar o coração de milhões de britânicos e admiradores em diversas partes do mundo.
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