Presidente do Chile, Gabriel BoricAFP
Boric deu a declaração ao ser questionado sobre o que faria para apoiar a democracia brasileira. “Foi muito esperançoso ver a carta de São Paulo, que tem um milhão de assinaturas a favor da democracia, com a transversalidade dos signatários de [vários setores da sociedade e da política]. Foi um sinal poderoso da sociedade civil brasileira. Se houver uma tentativa como aconteceu, por exemplo, com a Bolívia [em 2020], onde se acusou de fraude que não foi, e um golpe de Estado foi validado, a América Latina tem que reagir em conjunto para colaborar na prevenção”, disse o líder chileno.
O manifesto foi organizado pela Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) e conta com o apoio de organizações da sociedade civil. A carta defende o processo eletrônico de votação e critica “ataques infundados” às eleições.
Tensão entre líderes
A ministra das Relações Exteriores, Antonia Urrejola, disse que as declarações de Bolsonaro durante o debate eleitoral de domingo (28) sobre o presidente chileno são “absolutamente falsas” e que “corroem a democracia e as relações bilaterais”.
Durante suas considerações finais no debate, Bolsonaro afirmou que “Lula apoiou o Presidente do Chile [Gabriel Boric] também, o mesmo que praticava atos de tocar fogo em metrôs lá no Chile”. Na terça-feira (30), Bolsonaro endossou a declaração afirmando que disse a “a verdade” sobre Boric.
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