Líderes talibãs afirmam que controlam a segurança e minimizam os incidentes no Afeganistão AFP

Cabul - Ao menos quatro pessoas morreram após uma explosão perto de uma mesquita na capital do Afeganistão, frequentada por autoridades talibãs. O atentado ocorreu poucos minutos depois do fim da oração desta sexta-feira, 23, próximo da entrada da mesquita Wazir Akbar Khan, vizinha da antiga Zona Verde.
O bairro, que fica na região mais segura do país, concentrava embaixadas e instituições internacionais antes da volta dos talibãs ao poder em agosto de 2021. A ONG italiana Emergency, que administra um hospital da capital, tuitou que recebeu "14 vítimas" da explosão. "Quatro já estavam mortas quando chegaram", acrescentou.
O porta-voz da polícia de Cabul, Khalid Zadran, confirmou que a explosão causou "vítimas", mas não forneceu mais precisões. Imagens nas redes sociais mostram um carro destruído e em chamas em uma estrada perto da mesquita.
Este templo já foi alvo de um atentado em 2020, no qual seu imã, um reconhecido religioso, morreu. O número de atentados diminuiu no Afeganistão desde que os talibãs voltaram ao poder há um ano, mas não cessaram totalmente. Nesses últimos meses, várias mesquitas ou dignitários religiosos foram vítimas de ataques.
O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindica a maioria dos atentados, muitos deles contra as minorias religiosas afegãs xiita, sufis e sikhs, mas também contra os talibãs. Os responsáveis talibãs afirmam que controlam a segurança do país e minimizam os incidentes.
No entanto, os especialistas consideram que o EI, outro grupo sunita, mas com o qual mantêm uma profunda hostilidade e divergências ideológicas, continua sendo a principal ameaça contra o governo do Talibã.