Quatro profissionais de saúde estão entre as vítimas da doençaAhmed Jallanzo/EPA/Agência Lusa/ Direitos Reservados/Agência Brasil

Vinte e nove pessoas, incluindo quatro profissionais da saúde, morreram de ebola em Uganda desde que as autoridades anunciaram há duas semanas uma epidemia na região central do país, informou nesta quarta-feira, 5, a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Sessenta e três casos confirmados e prováveis foram registrados, incluindo 29 mortes. Dez profissionais da saúde foram infectados e quatro morreram", afirmou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"As vacinas usadas com sucesso para frear as recentes epidemias de ebola na República Democrática do Congo (RDC) não são eficazes contra o tipo de vírus do ebola responsável por esta epidemia", acrescentou.

Essa doença é muitas vezes fatal, mas existem vacinas e tratamentos contra essa febre hemorrágica que é transmitida ao homem por animais infectados.

A OMS destinou 2 milhões de dólares de seu Fundo de Reserva de Emergência e está trabalhando com parceiros para ajudar as autoridades a fortalecer a resposta ao surto, enviando especialistas e suprimentos médicos. 
Surto
O surto de ebola mais devastador em nível global foi declarado em março de 2014, com casos que remontam a dezembro de 2013, na Guiné Conacri. Quase dois anos depois, em janeiro de 2016, a OMS declarou o fim desse surto, na qual morreram 11,3 mil pessoas e mais de 28,5 mil foram infectadas.
Doença
O vírus ebola é transmitido por meio do contato direto com o sangue e os fluídos corporais de pessoas contaminadas. Os sintomas iniciais incluem febre, dor de cabeça, dor muscular e calafrios.
Posteriormente, a pessoa pode sofrer hemorragia interna, resultando em vômitos ou tosse com sangue, falência de órgãos e pode levar à morte.  O ebola pode alcançar uma taxa de mortalidade de 90% se não for tratado a tempo.