Secretário-geral da Otan, Jens StoltenbergReprodução
"Acredito que o que vimos ontem (segunda-feira, 10) é, na verdade, um sinal de fraqueza, porque a realidade é que não conseguem avançar, a Rússia está realmente perdendo o campo de batalha", disse o norueguês Jens Stoltenberg.
Na visão do secretário-geral, as tropas russas "estão cedendo território pois não têm a capacidade de deter o avanço das forças ucranianas".
"O jeito que podem responder é por meio de ataques desordenados contra cidades ucranianas, atingindo civis e infraestrutura crítica", acrescentou ele.
Stoltenberg acrescenta que a aliança militar dobrou sua presença naval no Mar Báltico e no Mar do Norte, onde são relatados vazamentos de gás nos gasodutos Nord Stream 1 e 2, que ligavam a Rússia à Alemanha.
A Otan realizará na quarta-feira, 12, uma reunião de nível ministerial para revisar seu nível de preparação nuclear, após a Rússia ameaçar defender seu território com armas atômicas. "Não vimos nenhuma mudança na posição da Rússia, mas continuamos em alerta", expressou Stoltenberg.
Na próxima semana a organização realizará seu exercício anual de dissuasão nuclear, chamado Steadfast Noon. Uma operação que o representante chamou de "treinamento de rotina".
A porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, pontuou que esses ataques deixam pelo menos 12 civis mortos e mais de uma centena feridos.
Esses ataques intensos da Rússia ocorreram após uma explosão que destruiu parcialmente uma ponte construída para conectar o país à península da Crimeia, um símbolo da anexação do território pelos russos em 2014.
O exército ucraniano e os serviços especiais de Kiev (SBU) não confirmaram nem negaram seu envolvimento na explosão.
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