Capitão Ibrahim Traoré é o novo presidente de Burkina FasoOLYMPIA DE MAISMONT / AFP
Ataque jihadista em Burkina Faso deixa pelo menos 11 mortos, incluindo três soldados
Emboscada acontece duas semanas após golpe militar no país
Pelo menos onze pessoas, três soldados e oito trabalhadores auxiliares, morreram neste sábado (15) em um ataque jihadista no norte de Burkina Faso, disseram fontes militares à AFP.
"Uma emboscada do GAT (Grupos Armados Terroristas) atacou uma patrulha mista de soldados e VDPs" (Voluntários para a Defesa da Pátria, que apoiam o exército) "na comuna de Bouroum. O saldo é de três soldados e oito VDPs mortos", disse uma fonte das forças de segurança à AFP.
Outra fonte dos mesmos serviços confirmou o número de vítimas, acrescentando tratar-se de um "balanço provisório".
Segundo esta última fonte, "o confronto ocorreu na localidade de Silmangué, na província de Namentenga".
Há também duas pessoas desaparecidas, acrescentou.
O ataque ocorre duas semanas após um golpe militar de 30 de setembro do capitão Ibrahim Traoré contra o tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, e um dia depois que o capitão Traoré foi nomeado presidente da transição.
Trata-se do segundo golpe de Estado em Burkina Faso em oito meses ligado à situação de segurança neste país, atormentado pela violência jihadista há sete anos.
Esses ataques, realizados por movimentos ligados à Al-Qaeda e ao grupo Estado Islâmico, deixaram milhares de mortos e forçaram dois milhões de pessoas a fugir de suas casas.
Mais de 40% do território escapa ao controle do Estado, especialmente nas fronteiras com Mali e Níger.