Proposta de ajuda para 2023 foi lançada no início de novembro pela Comissão EuropeiaReprodução

O Parlamento Europeu aprovou nesta quinta-feira, 24, uma proposta de nova ajuda financeira à Ucrânia no valor de 18 bilhões de euros (cerca de US$ 18,7 bilhões) para 2023, embora o plano permaneça bloqueado pela Hungria. A proposta foi aprovada por 507 votos a favor, com 38 votos contra e 26 abstenções.
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, celebrou o resultado da votação alegando que "é importante não apenas pelo financiamento tão necessário posto à disposição do povo da Ucrânia, mas que também é importante para a democracia".
Na forma de empréstimos, cujos juros ficariam a cargo dos Estados-membros, esta proposta de ajuda para 2023 foi lançada no início de novembro pela Comissão Europeia, com a ideia de proceder aos primeiros desembolsos em janeiro.
A Hungria, país que mantém uma conturbada relação com as instituições europeias, recusa-se, no entanto, a autorizar o empréstimo conjunto. O veto húngaro à proposta votada no Parlamento impede, na prática, sua aprovação formal no Conselho da UE.
Ao mesmo tempo, também nesta quinta, o governo húngaro anunciou a concessão de uma ajuda financeira de 187 milhões de euros para a Ucrânia.
A Hungria mantém uma amarga controvérsia com a Comissão Europeia, o braço executivo da UE, que questiona o respeito do Estado de Direito, por parte desse governo. Por esse motivo, podem reter fundos europeus que, normalmente, caberiam ao país.
Nesta quinta-feira, os eurodeputados denunciaram a atitude do governo húngaro. Em outro texto votado hoje, criticaram "que as autoridades húngaras continuem abusando da regra europeia de unanimidade para bloquear decisões essenciais".
O Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou as necessidades da Ucrânia entre 3 bilhões e 4 bilhões de euros por mês em 2023.