Situação reforça 'nossa responsabilidade de cooperar muito mais estreitamente na luta contra os crimes de guerra', acrescentou Marco Buschmann Divulgação/Bundesministerium der Justiz

Berlim - A Alemanha, que atualmente preside o G7, descreveu nesta terça-feira, 29, a destruição "sistemática" da infraestrutura de energia da Rússia na Ucrânia. O país classificou os bombardeios como "crimes de guerra".
Os atuais ataques a centros de aquecimento e fornecimento de energia "para manter as pessoas em seus apartamentos durante um inverno em que as temperaturas podem cair até -30°C" são "um terrível crime de guerra", enfatizou o ministro alemão da Justiça, Marco Buschmann. A declaração foi dada após uma reunião do G7.
A situação na Ucrânia reforça "nossa responsabilidade de cooperar muito mais estreitamente na luta contra os crimes de guerra", acrescentou o ministro. Ele especificou que esse foi o motivo do encontro, o primeiro do gênero entre os ministros da Justiça das grandes potências mundiais do G7.
"É uma mensagem clara para o mundo: os criminosos de guerra não devem e não podem se sentir seguros onde quer que estejam". "Nenhum deles deve ficar impune", reiterou Buschmann.
O procurador-geral ucraniano, Andriy Kostin, que foi convidado para a reunião, reiterou o apelo das autoridades do país pela criação de um tribunal especial para julgar os crimes cometidos pela Rússia desde a invasão, há nove meses.
Até agora, a Ucrânia registrou cerca de 50.000 casos de supostos "crimes de guerra", lembrou Buschmann. Em outubro, a União Europeia e a ONU também usaram o termo, após bombardeios semelhantes.