Washington - O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, se reuniu nesta quarta-feira (21), com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na Casa Branca. Essa é a primeira viagem internacional feita por Zelensky desde o início da invasão russa em fevereiro. O encontro foi marcado pelo reforço da união entre os países e pacotes de ajuda promovidos pelos Estados Unidos.
Ambos os líderes concederam uma entrevista coletiva, na qual falaram sobre a necessidade de manter a união e o apoio entre os EUA e à Ucrânia. Durante o diálogo, Biden afirmou que doar uma grande quantidade de armamento poderia implicar em uma escalada da guerra e que não há interessados em uma guerra mundial.
Assim, o presidente americano afirmou que o apoio está focado e limitado em quatro tipos de ajuda militar:
Defesa aérea;
Sistemas de artilharia;
Tanques e veículos armados;
Munição
Os Estados Unidos ainda garantiram o fornecimento de 1,85 bilhão de dólares em assistência militar adicional para a Ucrânia, incluindo a transferência do Sistema de Defesa Aérea Patriot. "A assistência de hoje pela primeira vez inclui o Sistema de Defesa Aérea Patriot, capaz de derrubar mísseis de cruzeiro, mísseis balísticos de curto alcance e aeronaves em um teto significativamente mais alto do que os sistemas de defesa aérea fornecidos anteriormente", disse o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, em comunicado divulgado pelo Departamento de Estado.
O presidente americano ainda reforçou em outros momentos da entrevista que a luta da Ucrânia "é parte de algo maior" — ou seja, que se outros países não se juntarem, o mundo enfrentará mais ameaças dos russos. Ao citar a guerra, Biden, afirmou que a Rússia "tenta usar o inverno como arma".
"É realmente inacreditável. Uma ação, um ataque a pessoas inocentes na Ucrânia, apenas para intimidá-los. Também atacando civis, orfanatos, hospitais, escolas, grandes marcos do país. E está tentando usar o inverno como arma contra os ucranianos. Mas o povo ucraniano continua a inspirar o mundo", disse Biden.
Agradecimentos
Além das boas vindas dadas por Joe Biden ao líder ucraniano com renovadas garantias de apoio dos EUA em meio à investida da Rússia contra a Ucrânia. Ele afirmou que a invasão é inacreditável, e descreveu as ações da Rússia como "um ataque brutal ao direito da Ucrânia existir como nação".
Ele reiterou o apoio do governo dos EUA com ajuda financeira, humanitária e sistemas de segurança: "Nós vamos fortalecer a capacidade da Ucrânia de se defender, especialmente defesa aérea, e é por isso que os EUA estamos dando mísseis e treinando as forças para usar adequadamente os mísseis".
O presidente ucraniano também agradeceu ao governo Americano por recebê-lo e por garantir apoio. "Muito obrigado, senhor presidente. Obrigado pelo apoio bipartidário, obrigado ao Congresso e obrigado aos americanos comuns. Eu realmente aprecio", disse Zelensky.
Após o agradecimento, o presidente ucraniano contou que esteve perto de Kherson e conversou com um capitão da bateria de mísseis antiaéreos, e que esse militar pediu para que Zelensky levasse a medalha que havia recebido do exército para dar de presente a Biden. O presente carregava consigo um símbolo de herói.
"Um cara que é realmente um herói, ele me pediu para passar seu prêmio para o presidente Biden. Ele é muito corajoso e disse para dar a um presidente muito corajoso, e eu quero dá-la a você", afirmou Zelensky.
Biden agradeceu pela medalha, apesar de dizer que "não a merecia". O presidente dos EUA ainda disse que enviaria ao capitão ucraniano um presente semelhante: uma moeda de comando do exército norte-americano e afirma que lembrou do próprio filho, que serviu o exército dos EUA no Iraque.
Compromisso de Zelensky
A assessoria do presidente ucraniano ainda não informou se ele terá compromissos na capital norte-americana na quinta-feira (22).
A visita acontece em um momento em que os EUA aumentaram o envio de armas de última geração para a Ucrânia.
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