Militar não compareceu ao seu local de serviço em maio de 2022OLGA MALTSEVA / AFP

A Rússia condenou um soldado a cinco anos de prisão por se recusar a ir para a guerra na Ucrânia, informaram fontes judiciais nesta quinta-feira, 12. O julgamento ocorreu no tribunal militar de Ufa, na República de Bashkortostan (Urais).
"Recusando-se a participar da operação militar especial" — lançada pela Rússia na Ucrânia em fevereiro de 2022 — Marsel Kandarov, de 24 anos, não compareceu ao seu local de serviço em maio, informou a assessoria de imprensa dos tribunais de Bashkortostan.
Ele foi "encontrado" pelas forças de segurança em setembro, de acordo com a mesma fonte. O militar foi considerado culpado de evasão do serviço militar por mais de um mês, durante um período de mobilização, por isso teve a pena determinada, segundo o comunicado.
Também em setembro, o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a mobilização de 300.000 reservistas, após vários reveses militares russos na Ucrânia. Dezenas de milhares de homens deixaram o país para evitar ir para a frente de batalha.
Em outro julgamento, um tribunal militar em Moscou condenou um reservista a cinco anos e meio de regime fechado em uma colônia penal por "bater" em um oficial durante uma discussão, informou a agência estatal russa TASS. Ele expressou "insatisfação" com a organização do treinamento para os mobilizados perto de Moscou e, em seguida, soprou fumaça de cigarro no rosto de um oficial e lhe deu um soco.