Putin junto ao presidente do EAU, Sheikh Mohamed bin Zayed Al Nahyan, nesta terça-feira, 6Sergei Savastyanov / POOL / AFP

O presidente russo, Vladimir Putin, foi recebido com honras nesta quarta-feira, 6, em Abu Dhabi, na primeira etapa de uma visita diplomática aos Emirados Árabes Unidos e à Arábia Saudita que visa discutir o conflito israelense-palestino e o petróleo, segundo a imprensa russa.
Ao chegar ao palácio do governo, uma patrulha aérea cruzou o céu deixando um rastro com as cores da bandeira russa e também foi disparada uma salva de canhões, segundo imagens divulgadas pelo Kremlin. No palácio, ele se encontrou com o presidente Mohamed bin Zayed al Nahyan.
"Graças à sua posição, as nossas relações atingiram um nível sem precedentes", sublinhou Putin no início da reunião, referindo-se aos Emirados como "o principal parceiro comercial da Rússia no mundo árabe" e mencionando "projetos no setor do gás e do petróleo".
O líder russo afirmou que falaria com o presidente da federação dos Emirados sobre a situação "nas zonas quentes", citando o conflito israelense-palestino e a "crise na Ucrânia". A Presidência russa também indicou que os líderes discutiriam a redução da produção de petróleo no âmbito da Opep+, da qual a Rússia é membro.
Antes de retornar à Rússia, Putin também se reunirá com o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman. Até agora, o líder russo limitava as viagens ao exterior porque era alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) pela "deportação" de crianças ucranianas. Nesse sentido, não participou presencialmente, por exemplo, das últimas cúpulas do G20 ou dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
No início de novembro, viajou para o Cazaquistão. Em outubro foi recebido pelo seu aliado Xi Jinping na China, à margem do fórum Novas Rotas da Seda. Antes de sua visita a Pequim, ele visitou o Quirguistão, outro aliado de Moscou. Foi a sua primeira viagem ao exterior desde o mandado de prisão do TPI.