Na Dinamarca, a polícia confirmou que três pessoas foram presas acusadas de conspiração para 'um ato de terror'Emil Nicolai Helms / Ritzau Scanpix / AFP
O Ministério Público da Alemanha, disse que os suspeitos investigados pelo país têm relação de longa data com o Hamas e o seu braço militar, as brigadas al-Qassam. Todos eles seriam ativos nas "operações internacionais" do grupo terrorista.
Sem dar mais detalhes sobre o plano, os promotores afirmam que o grupo recebeu a ordem de líderes do Hamas no Líbano. A ideia seria levar armas até Berlim para então atacar a comunidade judaica na Europa. Mas não está claro se o arsenal foi de fato contrabandeado para capital alemã.
Os presos em Berlim são um cidadão egípcio e dois libaneses. Eles foram identificados apenas como Mohamed B., Abdelhamid Al A e Ibrahim El R., respectivamente, e devem passar por audiência de custódia amanhã. Já o homem detido em Rotterdam é um cidadão holandês, identificado como Nazih R..
"Na sequência do terrível ataque do Hamas contra população de Israel, ataques contra judeus e instituições judaicas também aumentaram no nosso país nas últimas semanas", lamentou o ministro da Justiça alemão, Marco Buschmann. "Temos que fazer de tudo ao nosso alcance para garantir que os judeus do nosso países não têm que temer pela própria segurança de novo", acrescentou.
No início deste mês, a comissária de Assuntos Internos da União Europeia, Ylva Johansson, alertou que a região enfrentava um "enorme risco de ataques terroristas" durante o período de férias de Natal como reflexo da guerra entre Israel e os terroristas do Hamas.
Mais cedo, na Dinamarca, a polícia confirmou que três pessoas foram presas acusadas de conspiração para "um ato de terror". O chefe operacional do Serviço de Segurança e Inteligência dinamarquês Flemming Drejer disse que as prisões foram realizadas em colaboração com parceiros e internacionais e que os detidos são parte de uma "rede". Mas não confirmou se há relação com a investigação conduzida pela Alemanha.
No começo do ano, a Dinamarca e a vizinha Suécia despertaram a fúria do mundo árabe depois que o extremista sueco-dinamarquês Rasmus Paludan colocou fogo em uma cópia do Alcorão. Sob o argumento de proteger a segurança nacional, Copenhague proibiu em lei que o livro sagrado para os seguidores do Islã fosse queimado para evitar o agravamento da crise.
Antes disso, o país já esteve no foco de uma onda de violência, em 2006, pela publicação de caricaturas de Maomé. E, em fevereiro de 2015, Copenhague foi alvo de um ataque jihadista, similar aos atentados cometidos em Paris um mês antes contra a revista Charlie Hebdo e o supermercado Hyper Cacher.
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