Somente nos últimos três dias foram registradas 477 mortes confirmadas por covid-19 nos hospitais de Londres, onde há atualmente 7.034 pessoas internadas por sintomas graves dessa doença - AFP
Somente nos últimos três dias foram registradas 477 mortes confirmadas por covid-19 nos hospitais de Londres, onde há atualmente 7.034 pessoas internadas por sintomas graves dessa doençaAFP
Por AFP
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, alertou nesta sexta-feira (8) que os hospitais da capital britânica podem ficar saturados em breve com o aumento exponencial de pacientes com covid-19 e declarou a situação como "incidente maior", com a esperança de obter ajuda do governo.
"Se não tomamos medidas imediatas agora, nosso serviço nacional de saúde poderia ficar saturado e mais pessoas morrerão", afirmou em um comunicado.
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A declaração de "incidente maior" é um requisito formal para obter uma resposta global de várias agências do governo.
Segundo uma informação do serviço de saúde pública aos responsáveis dos hospitais, e divulgada na quinta-feira pelo Health Service Journal, mesmo se o número de pacientes com covid-19 aumentar, seguindo as menores projeções, em 19 de janeiro haveria um déficit de 2.000 leitos de cuidados gerais e intensivos (UTI) nos hospitais de Londres.
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O número de casos de coronavírus em Londres já supera os 1.000 a cada 100.000 habitantes, segundo o comunicado da prefeitura.

Entre 30 de dezembro e 6 de janeiro, o número de pacientes nos hospitais de Londres cresceu 27%, passando de 5.524 para 7.034, e o número de pacientes com ventilação mecânica cresceu 42%, de 640 para 908, de acordo com a mesma fonte.

Somente nos últimos três dias foram registradas 477 mortes confirmadas por covid-19 nos hospitais de Londres, onde há atualmente 7.034 pessoas internadas por sintomas graves dessa doença (35% a mais que no pior momento da primeira onda na primavera).

Enfrentando outra onda incontrolável de coronavírus desde a descoberta em dezembro de uma nova cepa aparentemente mais contagiosa, o Reino Unido registrou na quinta-feira 1.162 novas mortes. Com um total de 78.508 óbitos, volta a ser o país da Europa mais castigado pela pandemia, à frente da Itália.