Por clarissa.sardenberg

França - O presidente da França, François Hollande, confirmou nesta quinta-feira que o estado de emergência decretado após os atentados jihadistas do dia 13 de novembro de 2015 em Paris será cancelado depois de 26 de julho e que se reduzirá o deslocamento de militares da missão antiterrorista dentro da França. "O estado de emergência não pode ser prolongado eternamente", destacou Hollande em entrevista por ocasião da Festa Nacional francesa, especificando que isso não significa que a ameaça antiterrorista seja agora menor.

"A ameaça continua aí porque temos o mesmo adversário que está na Síria, no Iraque, mas também na Europa e que é o islamismo fundamentalista, o fanatismo", acrescentou. Por isso Hollande justificou o envio de mais conselheiros militares para a formação do Exército iraquiano, visando à tomada de Mossul, nas mãos do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

Brasileiro do EI é acusado de planejar ataque contra franceses na Rio 2016

Hollande avisou que estado de emergência na França irá acabar depois do dia 26 deste mês EFE

Nesta quarta-feira, um brasileiro membro do Estado Islâmico foi acusado por um parlamentar francês de planejar um atentado contra a delegação da França durante a Olimpíada no Rio. A informação foi divulgada por um deputado em audiência de inquérito sobre os ataques de 2015 na França. A inteligência francesa confirmou o recebimento da informação. A audiência de 26 de maio foi disponibilizada no site da câmara francesa nesta quarta-feira e divulgada pelo jornal "Libération".

Em todo caso, o presidente francês deu como razão para o fim do estado de emergência a aprovação no mês passado de uma lei que inclui meios para "prevenir a ameaça terrorista com eficácia". Hollande também antecipou que, assim que terminar o Tour de France no próximo dia 24, "vai se acelerar o dispositivo" da missão militar antiterrorista Sentinelle de proteção de centros religiosos e instalações estratégicas em território francês.

Concretamente, a missão passará de 10.000 soldados para 7.000, disse o presidente, acrescentando que não diminuirá o dispositivo de policiais e gendarmes, e que os serviços secretos serão reforçados.

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