Síria - O número de mortos em um suspeito ataque químico no norte da Síria subiu para 72 nesta quarta-feira, informaram ativistas, levando os sobreviventes a se esconderem em abrigos subterrâneos O ataque foi um dos mais mortais realizados durante a guerra civil no país que já dura seis anos.
De acordo com um grupo de oposição síria, novos ataques aéreos atingiram a cidade de Khan Sheikhoun um dia após o ataque que a administração do presidente dos EUA, Donald Trump, culpou o governo do presidente Bashar Assad, dizendo que seus patronos, como a Rússia e o Irã, possuem "grande responsabilidade moral" pelas mortes.
Os governos de Damasco e Moscou negaram estarem por trás do ataque. O Ministério de Defesa da Rússia, no entanto, disse mais tarde que os agentes tóxicos foram liberados quando um ataque aéreo sírio atingiu um arsenal rebelde.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que dos 72 mortos, 20 eram crianças e 17 mulheres.
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) fará uma reunião de emergência nesta quarta-feira em resposta ao ataque.
"Os terríveis acontecimentos de ontem demonstram que, infelizmente, crimes de guerra estão acontecendo", disse a ONU.
Papa pede consciência aos responsáveis por 'inaceitável massacre'
O Papa Francisco apelou nesta quarta-feira à consciência de todos os que tenham "responsabilidade política" perante o último "inaceitável" massacre ocorrido na cidade de Khan Shijun, no norte da Síria, onde houve 72 mortos, sendo 20 crianças
"Assistimos horrorizados aos últimos episódios na Síria. Expresso minha firme reprovação pelo inaceitável massacre que aconteceu ontem na província de Idlib, onde foram assassinadas dezenas de pessoas inocentes, entre elas muitas crianças", afirmou Francisco, ao término da audiência geral na Praça de São Pedro.