Por rodrigo.sampaio

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira que está sendo alvo de uma "caça às bruxas", após a nomeação de um procurador especial, o ex-diretor do FBI (a polícia federal do país) Robert Mueller, para supervisionar a investigação sobre a suposta interferência russa nas eleições americanas e os possíveis vínculos do Kremlin com a campanha. A informação é da Agência EFE.

Em seu perfil no Twitter, Trump disse que se trata da maior "caça às bruxas" contra um político na história dos Estados Unidos.

Trump alegou estar sendo alvo de uma 'caça ás bruxas'Efe

Segundo o presidente, mesmo com "todos os atos ilegais" que ocorreram na campanha de sua rival democrata, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, e no governo do ex-presidente Barack Obama, "nunca houve a designação de um procurador especial".

Nesta quinta-feira, em comunicado divulgado pela Casa Branca, Trump assegurou que a "exaustiva investigação" que será supervisionada por Mueller revelará a falta de relações entre sua campanha eleitoral e o Kremlin. "Como já disse muitas vezes, uma investigação exaustiva confirmará o que já sabemos: não houve conluio entre minha campanha e qualquer organização estrangeira".

O Departamento de Justiça nomeou Mueller procurador especial para supervisionar a investigação. "Minha decisão não significa que foram cometidos delitos e que uma acusação está garantida. Não cheguei a semelhante determinação", explicou o procurador-geral adjunto, Rod Rosenstein, no comunicado em que anunciou a nomeação de Mueller. Rosenstein insistiu que um procurador especial é necessário para que o povo americano tenha plena confiança no resultado da investigação.

A oposição democrata vinha pedindo, há semanas, a nomeação de um procurador especial independente para essa investigação, sobretudo depois que Trump demitiu, na semana passada, o então diretor do FBI, James Comey, que estava à frente das apurações sobre a suposta interferência russa.

Nesta quinta-feira, Rosenstein falará ao Senado, em reunião a portas fechadas, sobre a decisão de Trump de demitir Comey

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