Washington - O secretário de Defesa dos EUA, general James Mattis, anunciou nesta sexta-feira que o presidente Donald Trump ordenou a adoção da estratégia de “cercar e aniquilar” o Estado Islâmico (EI) em todas as zonas onde o grupo jihadista opera. As informações são da agência EFE.
Em uma coletiva de imprensa no Pentágono, Mattis assegurou que o objetivo é que o EI não escape das zonas onde resiste, a fim de eliminá-lo. Junto ao chefe do Estado Maior, general Joseph Dunford, Mattis anunciou uma “mudança tática” que não buscará deslocar os jihadistas de suas posições, mas “cercá-los”.
Impedir a fuga
A nova estratégia - que não se restringirá à Síria e ao Iraque apenas, mas também alcançará outros lugares onde há presença do grupo jihadista, como Líbia e Afeganistão - pretende fazer com que os combatentes estrangeiros que se juntaram ao EI não possam fugir e retornar a seus países.
“Os combatentes estrangeiros são uma ameaça estratégica”, apontou Mattis, dizendo que “aniquilará” essa ameaça para que não ponham em risco outros países. Ele disse que as regras de combate não mudarão e que continuará tentando fazer o possível para minimizar as vítimas civis nos bombardeios e operações americanas de apoio às forças locais na Síria e no Iraque.
O anúncio da nova estratégia ocorre na véspera do início da primeira viagem internacional de Trump como presidente à Arábia Saudita, Israel e Europa, onde a luta contra o terrorismo jihadista será tema central das conversas.
A viagem de Trump se dá depois que Robert Mueller, ex-diretor do FBI, foi chamado pelo Departamento de Justiça para investigar ligação do pessoal da campanha dele com a Rússia.
Muitas baixas no Estado Islâmico
Pelo menos 750 membros do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) morreram durante os últimos dois meses e meio em operações das tropas afegãs e dos Estados Unidos em diferentes partes do Afeganistão, informaram nesta sexta-feira fontes militares americanas.
O escritório de comunicação das tropas dos Estados Unidos no Afeganistão afirmou em um comunicado que desde o começo do ano passado o território em mãos da formação insurgente e sua força de combate teve uma redução de dois terços.
Além disso, nos últimos nove meses perderam dois emires, Hafiz Saeed e Abdul Hasib, e 12 altos comandantes, além de ver destruídos complexos de túneis, cavernas e centros de controle e logísticos. “Estas operações continuarão até que o EI-K (EI-Khorasan, ramo do grupo no Afeganistão) seja derrotado em 2017”, indica a nota. Em 13 de abril, os Estados Unidos lançaram um dos artefatos mais potentes de seu arsenal convencional, apelidado de “a mãe de todas as bombas”.